do negro escravo. A autora dá espaço de fala para o escravo, assim,
G U I L É H visível
E R a M humanização
E
N .
abrindo portas para o leitor deixar de tratar o negro como objeto, silenciado, sem história, sem sonhos
e, ao dar-lhe voz, torna-o com grande protagonismo na narrativa.
Ú R S U L A
O texto abre olhares para vidas diferentes, nos mostra que por mais distintas que sejam, umas
não valem mais que outras. Essa concepção nos surpreende e nos dá admiração por ser uma
perspectiva escrita em um período patriarcal e escravista.
Maria Firmino foi a primeira mulher brasileira negra a escrever um romance inovador, dando voz
às minorias, e dentro de uma criação literária bastante diferente das demais da época, rompendo com
muitos padrões tão característicos do Romantismo. Talvez tenha sido por isso que seu nome ficou
esquecido por anos.
Giovana G. e Mariana Trenz
Edição 1 - 2019 - Úrsula e outras obras