A N A
Úrsula
L U I Z A
G O M E S
Ú R S U L A
Títulodo livro: Úrsula
Editora: Império do Brasil (San luiz)
Ano: 2018
Número de páginas: 306
Autor (a): Maria Fiirmino dos Reis
ÚRSULA
“Úrsula” é um romance escrito pela autora maranhense Maria Firmina dos Reis, publicado pela primeira
vez em 1859. Conta a triste história de amor entre Úrsula e Tancredo, envolvendo outros personagens: mãe
Susana, Luísa B., Comendador Fernando B. e Túlio.
A narrativa está dividida em capítulos, inicialmente apresenta as personagens revelando seus traços e
suas histórias de vida, após, o narrador, em 3ª pessoa, conta a história dando breves destaques a algumas
personagens, como preta Susana, que foi separada de sua família na África para ser escravizada no Brasil.
Úrsula, protagonista do romance, jovem, descrita como pura e inocente, que morava com sua mãe,
Luísa B. e os escravos, mãe Suzana e Túlio. Luísa B. era deficiente física, e desde a morte do pai de Úrsula
permaneceu deprimida em seu quarto e sua vida se baseava em pensar no bem estar e futuro de sua filha.
Em um dia normal no campo, Túlio, escravo da família de Úrsula, andava pelas redondezas quando
encontrou um nobre bacharel caído ao chão desmaiado, imediatamente o levou para casa, onde cuidou do
cavaleiro durante dias até que retomasse a consciência. Quando o nobre acordou, apresentou-se como
Tancredo, e agradeceu ao jovem Túlio por ter salvado sua vida, e como forma de reconhecimento, prometeu
que o tiraria da escravidão. Depois de alguns dias, Tancredo ainda permaneceu na casa de Úrsula e aos
poucos os dois foram se apaixonando e ficaram noivos.
Em uma ocasião, Úrsula saiu para andar pela mata, quando percebeu que havia um homem a
seguindo, esse homem era seu tio, Comendador Fernando B., um homem de má índole e que no passado
causou muito mal para a família de Úrsula. Depois de uma discussão, o Comendador Fernando B. revelou que
havia se apaixonado por Úrsula e que acompanhava sua vida há muito tempo sem que a mesma percebesse.
Depois disso, a vida de Úrsula nunca mais foi a mesma, pois para forçá-la a se casar, o Comendador passou a
perseguir Úrsula, Tancredo e todos a sua volta, até conseguir o que queria.
Maria Firmina retratou em Úrsula duras críticas sociais, como o papel do homem e da mulher negra
escravizados no Brasil, em uma época que ninguém pensava ou ousava escrever sobre. Por ser uma escritora
negra nordestina, o risco que Maria Firmina corria por publicar essa obra em uma sociedade patriarcal e de
hegemonia branca era muito alto, sendo assim, a obra não levava seu nome, mas apenas “uma maranhense”.
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Edição 1 - 2019 - Úrsula