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Sincretismo religioso no Brasil
Brasil
O Brasil se construiu através da miscigenação de povos; o
índio, o português e o escravo mais expressivamente. Tal
fato constitui e enriquece a nossa história não apenas
culturalmente mais também religiosamente. Dessa forma,
a união desses povos com seus costumes e crenças
particulares também se refletiram na forma de cultuação
as suas divindades. Assim propiciando o surgimento do
sincretismo religioso através da miscigenação que ocorreu com o propósito de
ocultar a “verdade” e conciliar princípios e doutrinas de diferentes religiões e
propor novas reflexões propiciando o surgimento de outras religiões como, por
exemplo, a Umbanda considerada a religião mais
brasileira dentre o que se citou.
Os portugueses ao chegarem em 1500
começaram
a
desenvolver
o
processo
de
catequização dos povos selvagens existentes no
país, no caso os índios, que através dos jesuítas
foram obrigados a abdicar das suas crenças e se converter a fé cristã cultuada
pelo seu colonizador. Depois com a escravidão, o ensino religioso começou a ser
feito com os escravos então a igreja fez um acordo para que o processo de
batismo e catequização fossem responsabilidades dos seus senhores brancos e
católicos (como mostra a imagem ao lado, os escravos participando da festa do
Rosário). Diante da proibição começaram a resistência e os escravos para
celebrarem sua fé africana (posteriormente vindo a ser conhecida como
candomblé) recorreram ao sincretismo que se deu a partir da incorporação das
suas crenças religiosas (orixás incorporado a santos) associadas ao catolicismo.