sumário executivo
A mensagem do Presidente da Direção no
Plano de Ação de 2014 encerrava uma
ambição e um compromisso: «lançar a
semente ao largo, na esperança que venha
a cair em boa terra, onde é acolhida e
germina, cresce e dá fruto». E assim foi em
termos organizacionais, pese embora todas
as dificuldades estruturais do país cujo
impacto se fez sentir em muitas famílias,
empresas e instituições.
O ano de 2014 foi um período difícil em
termos económicos e sociais, pois as
famílias continuaram a sentir os efeitos da
crise advinda de anos anteriores, que
nalguns casos se agravaram. Não obstante,
de acordo com dados do INE 1 , o índice de
desemprego ter cedido face ao resultado do
ano de 2013 (baixou de 16,2 para 13,9
pontos percentuais), com a ressalva de nos
últimos meses do ano este indicador ter
voltado a aumentar, verifica-se que o
índice da população em risco de pobreza ou
exclusão
social
teve
um
aumento
considerável (passou de 24,2 no ano 2012
para 27,5 em 2014), reflexo do aumento do
custo de vida (p. ex.: impostos, energia,
alimentação, transportes), da incerteza
quanto à segurança no emprego, à queda
do valor médio das remunerações, entre
outros fatores.
A situação de privação material evoluiu
desfavoravelmente de 20,9% no ano de
2011 para 25,7% no ano de 2014, sendo que
mais 10,6% da população se encontra em
situação de privação material severa (i.e.
impossibilitados de aceder a mais de 3 itens
considerados necessidades básicas). Entre o
ano de 2009 e o ano de 2014 o agravamento
do risco de pobreza aumentou 8,7% para a
população 0-17 anos, 8,9% para o segmento
18-64 anos e 4,5% para as pessoas +65 anos.
1
INE (2015). Rendimentos e Condições de Vida 2014
(dados provisórios). Lisboa, ed. 30 janeiro 2015. In:
www.ine.pt
Relatório de Avaliação e Contas’2014
Este contexto exigiu da Cáritas de Coimbra
um esforço mais significativo orientado
para atenuar, tanto quanto possível, o
impacto negativo da economia nas famílias
mais carenciadas que utilizam os serviços
prestados pela Instituição nas várias
valências e respostas sociais.
O ano de 2014 foi o culminar de final mais
um ciclo de gestão, o triénio 2012-2014,
correspondente ao segundo mandato da
Direção que em janeiro de 2015 cessou
funções. Foi por isso um ano de
continuidade do trabalho iniciado em anos
anteriores, orientado para a consolidação
de diversas iniciativas e processos internos,
mas dedicado à avaliação do caminho feito
e à identificação de desafios para os anos
vindouros, mantendo no horizonte o foco na
missão, na sustentabilidade e na inovação.
Figura 1 – Peditório Nacional Cáritas
As pessoas foram o centro da missão e da
ação da Cáritas de Coimbra. Assim,
utentes,
famílias,
colaboradores,
voluntários, parceiros, fornecedores e as
comunidades da diocese, contribuíram
todos
de
alguma
forma
para
a
concretização dos objetivos propostos no
Plano de Ação de 2014 e, como tal, são
também
reflexo
dos
resultados
conseguidos.
O Plano de Ação Trienal 2012-2014
assentava em três eixos estratégicos
(+EXCELÊNCIA, +SUSTENTABILIDADE e
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