RELATÓRIO DE ATIVIDADES
Ano de 2012
ENQUADRAMENTO GENÉRICO
Em termos de enquadramento genérico, cabe salientar que a planificação da ação
das respostas sociais da Cáritas para 2012 surgiu na sequência do trabalho de
qualificação iniciado em 2010, no qual foi elaborada uma análise estratégica setorial,
por área de intervenção, por resposta social e por área geográfica.
Para cada área e resposta foi realizada uma análise profunda da realidade existente,
com os seus pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades e delineada uma
estratégia de médio prazo, focada essencialmente em 2 vetores:
a) exploração de oportunidades, essencialmente na resposta às realidades
emergentes, criando novas respostas e serviços e adequando os existentes às
lacunas e falha de cada zona geográfica ou âmbito de ação.
b) aposta na superação de pontos fracos e neutralização de ameaças, visando
essencialmente a implementação de políticas de qualidade e avaliação, a
uniformização procedimental, o reforço de competências técnicas e
científicas e o nivelamento das diferentes respostas pelas melhores práticas
da instituição.
Esta estratégia altamente exigente foi a que surgiu como a mais adequada, em
virtude do contexto económico e social de recessão que se aproximava, tendo sido
assumido pela Cáritas Diocesana de Coimbra que necessitava de alcançar níveis de
excelência para superar as dificuldades deste período histórico.
No que se refere às práticas de gestão institucional, esta estratégia, já
genericamente abordada no ponto anterior, foi largamente conseguida, sendo certo
que esta avaliação não dá esses processos por encerrados; muito pelo contrário, o
nível de exigência e empenho manter-se-á nos períodos seguintes, por forma a
consolidar as mudanças já efetuadas e aprofundar os que ainda podem ser
reorganizados.
No que concerne às respostas sociais, a planificação anual de cada uma delas apostou
em manter com menos alterações o que tinha sido avaliado como ponto forte e que
incidia essencialmente nos serviços diretos aos utentes; foram definidos como
desafios maiores as questões procedimentais, nomeadamente na área dos sistemas
de gestão da qualidade e a realização de atividades conjuntas, por setor e âmbito de
intervenção.
Sendo certo que para respostas sociais com poucas valências ou, frequentemente,
com apenas uma valência estes objetivos foram cumpridos com resultados
excelentes, nas respostas que se desenvolvem em dezenas de centros diferentes,
com realidades, zonas geográficas e recursos diversos, este processo de
uniformização e implementação de procedimentos tem sofrido outras
contrariedades.
Para obviar a elaboração de processos e procedimentos que se efetivassem em
documentos tecnicamente corretos mas sem aplicabilidade prática, muitas destas
respostas optaram por fazer testes piloto, aplicando procedimentos e documentação
em regime experimental, por forma a realizar reavaliações frequentes até à
elaboração e implementação dos processos finais.
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