Relatório de Atividades FETAG-RS - 2017 Revista FETAG 2017 FINAL 18.06 | Page 5

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FETAG-RS
AGRICULTURA FAMILIAR ALIMENTA O MUNDO
A agricultura familiar não é mais uma
atividade de subsistência. Hoje, ela produz
alimentos em quantidade e de qualidade, que
dão sustentação ao município, estado e país,
através de empregos, renda e divisas. Não foi ao
acaso que consolidou, nos últimos anos, a sua
posição no cenário de desenvolvimento nacional
e responde, como todos sabem, por 70% da
produção de alimentos que os brasileiros
consomem.
Diante deste contexto, ela é responsável
pelo funcionamento de 90% dos municípios
brasileiros, através da produção agropecuária e
da renda obtida com as aposentadorias rurais, as
quais, por sinal, se constituem numa das maiores
fontes de recursos.
A agricultura familiar representa um
projeto e uma visão de desenvolvimento,
simbolizando a agricultura cidadã, numa ação
precursora de trabalhadores e trabalhadoras
rurais organizados e cientes de suas
potencialidades e de seus papéis na sociedade.
O agricultor e a agricultora familiar estão
usando as tecnologias de sementes, plantio e
cultivo a seu alcance para incrementar o
aumento de produtividade. No entanto, tal
investimento não tem dado o retorno esperado
na elevação da renda familiar.
Em três grandes eixos é possível
sintetizar a agricultura familiar: alimentar,
preservar e cultivar. É o agricultor familiar quem
garante o feijão, o arroz, a carne, os ovos, as
frutas e as verduras na mesa diariamente. Então,
é preciso apostar, cada vez mais, em políticas
públicas que proporcionem um constante apoio
ao segmento, o que significará o investimento no
projeto de autossuficiência alimentar.
Ao mesmo tempo, não podemos
esquecer que a preservação ambiental é vital
para a continuidade da atividade no meio rural.
Por isso o agricultor familiar é um verdadeiro
zelador do meio ambiente, já que não tem
interesse em destruir a base do seu patrimônio e
tão pouco das futuras gerações. A agricultura
familiar estimula a preservação do solo, bem
como dos animais e dos vegetais com a adoção
de práticas adaptadas e sustentáveis.
Em relação à ocupação de pessoas no
campo, até bem pouco tempo, a agricultura e o
meio rural eram reconhecidos pelo seu papel de
reserva de mão de obra abastecedora dos
setores urbano-industrial. O crescimento do
desemprego nas cidades, nas últimas décadas,
e a aparente incapacidade de encontrar
caminhos eficazes na busca de soluções,
fizeram com que o campo se transformasse em
um novo espaço de vida, possibilitando agregar
valor ao trabalho desempenhado e de melhoria
na qualidade de vida para as famílias.
É por tudo isso que a agricultura familiar,
além de ser um espaço produtivo, representa um
lugar privilegiado de exercício de cidadania.
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