Relatório de Actividades 2018 Relatório_2018 | Page 81

VOLUNTARIADO A atividade de voluntariado é reconhecida legalmente (Lei nº. 71/98, de 3 de Novembro), que no seu artigo. 2º define Voluntariado como o conjunto de ações de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projetos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade, desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou privadas. Ou, de uma forma mais geral e abrangente, como a atividade pessoal não remunerada, escolhida livremente, ao serviço de outrem e do bem comum. O valor intrínseco ao voluntariado transcende largamente o quadro da prestação de serviços e da satisfação das necessidades sociais. A motivação que subjaz ao voluntariado, ou seja, a noção de que com a iniciativa individual se está a servir o interesse geral e a contribuir para lhe dar forma, faz emergir valores tais como a defesa do bem comum e a solidariedade e oferece igualmente uma contrapartida ao isolamento e ao egoísmo, fenómenos cada vez mais presentes nas sociedades modernas. O voluntariado é indissociável da cidadania ativa que está no cerne da democracia, quer localmente quer à escala europeia. Os cidadãos participam na vida social não só através do seu empenho político, mas também na busca de uma resposta pertinente para os problemas sociais. Ao colocarem-se ao serviço da sociedade, poderão realizar a sua vontade de ação concreta. Dentro deste espírito, cada indivíduo trabalha para terceiros, quer nos seus tempos livres, quer no âmbito de uma atividade de voluntariado, servindo assim o bem comum, quantas vezes com custos elevados em termos financeiros e de saúde. É justamente esta forma de cidadania europeia ativa que, na nossa sociedade, gera nos cidadãos um forte sentimento de pertença. Pode-se considerar, portanto, o voluntariado como um dos melhores exemplos de participação e uma componente fundamental da cidadania ativa. Neste sentido, o impacto do voluntariado vai muito para além da realização de uma tarefa concreta, antes constitui um espaço de possibilidades de reflexão, de identificação de causalidades, de implementação de ações e de pertença a um coletivo. Comporta a co-responsabilização na resolução de problemas ao implicar a passagem do estatuto de espetador, ou de vítima, ao de ator, agente de transformação social. Ao longo do ano de 2018, 20 Voluntários de execução, desenvolveram atividades com regularidade na instituição, correspondendo a uma média 1056 horas/ano. Designadamente, atividades de costura; “Uma mão que Acolhe” (entrega de refeições no Refeitório Social); “Boutique” (entrega e triagem de roupa); constituição de cabazes alimentares; “Apoio ao Estudo” (Dotar as crianças de competências e métodos de estudo, melhorando a sua aprendizagem); “Expressão Dramática” (capacitar os jovens de capacidades autorreflexivas; aumentar as competências pessoais e sociais; estimular a criatividade e o pensamento divergente; aumentar a autoestima; aumentar o leque de interesses a nível cultural); “Encontros na Vida” e “Atividades de Leitura”. Atividades ao longo do ano, com a participação dos Voluntários Cáritas:  Jantar Comemorativo dos 15 anos de existência do Núcleo de Voluntariado de Mértola 81