Relatório da Comissão de Direitos Humanos da Alerj - 2015 | Page 27

26 | RELATÓRIO DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA DA ALERJ | 2015 CDDHC: Quais são os próximos passos? Fernanda: A partir da CPI do Aborto acabamos criando uma comunidade muito grande de mulheres que querem fazer coisas por outras mulheres e querem continuar lutando na causa. O ano de 2015 foi bem recheado de manifestações e mobilizações em defesa dos direitos das mulheres, seja à cidade, à saúde entre outras coisas. Por isso, criamos o Circuito de Mulheres Mobilizadas que reúne pessoas da cidade inteira com ações em todos os territórios e já estamos pensando nas próximas táticas para a CPI do aborto, que é algo mais concreto, mas não encerra os temas da luta pela vida das mulheres. CDDHC: Como você vê o papel da Comissão de Direitos Humanos da Alerj no debate sobre o aborto? Fernanda: O papel da Comissão de Direitos Humanos foi muito importante, e talvez fundamental nessa articulação. Por dar uma pouco mais de voz para a gente que não tinha. Lidando com os parlamentares no dia-a-dia de uma forma mais articulada do que nós mulheres que somos da sociedade civil. Acredito que se não fosse essa articulação de todas as mulheres que fazem parte da Comissão e dos mandatos, a gente não conseguiria ter colocado esta emenda em pauta. CDDHC: Por que o aborto ainda é um tabu para a sociedade? Fernanda: Há um grande problema com a saúde pública em geral. E enquanto a saúde é um problema, o aborto vai ser um problema. As pesso