RELATÓRIO DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA DA ALERJ | 2015 | 91
7. Os acompanhamentos dos casos de policiais mortos e de familiares de policiais vítimas da violência evidenciaram uma série de violações de direitos. Tais como:
a. Limitação por parte da PMERJ aos familiares destes policiais, com dificuldade de acolhimento real;
b. Dificuldade na obtenção de acesso ao setor responsável pela concessão do direito às pensões, principalmente, nos casos em que a família precisa processar a PMERJ para ter o seu direito à pensão efetivado.
4.2.1. CASOS EMBLEMÁTICOS DE POLICIAIS
Niterói, abril de 2015
O policial Irineu Ferreira de Lima Filho trabalhava há 32 anos na Polícia Militar, lotado no Hospital da PM, foi morto em uma troca de tiros em um ônibus em Niterói. Segundo a dona de casa Célia Arantes de Lima, de 53 anos, o marido estava a caminho da casa da irmã, onde comemoraria a Páscoa com a família quando aconteceu o tiroteio em abril de 2015.
A equipe técnica da Comissão prestou atendimento para Célia Arantes, que encontrou dificuldades para regularizar a obtenção de pensão por morte. Com problemas sérios de saúde, Célia precisava garantir a continuação de atendimentos médicos no Hospital Geral da Polícia Militar( HGPM). Desse modo, a CDDHC Alerj entrou em contato com Chefe de Gabinete do Comando-Geral da PM, coronel Íbis Silva Pereira, para viabilizar o tratamento de Célia. O responsável pelo setor de benefícios foi acionado pelo próprio Íbis Silva para agilizar a emissão de autorização para continuidade do atendimento médico no HGPM, enquanto os entraves burocráticos relacionados à pensão de Célia são resolvidos.
NOVA IGUAÇU, SETEMBRO DE 2015
Casado e pai de um menino com 11 anos de idade, o policial Bruno Rodrigues Pereira, foi morto ao retornar da casa do irmão que morava em Nova Iguaçu. De acordo com informações publicadas na mídia, ao ser abordado por traficantes e identificado como policial, Bruno foi torturado – sendo amarrado e arrastado por um cavalo pelas ruas – e posteriormente assassinado. Bruno trabalhava na UPP do Morro da Formiga, na Tijuca, e seu caso é investigado pela Divisão de Homicídios.
A Comissão prestou atendimento presencial à esposa do policial, Michelle Ignácio Pereira, à madrasta e ao amigo de Bruno, na sede do órgão em 30 / 09 / 2015. O defensor público do NUDEH, Fábio Amado, também participou do atendimento e informou que a Defensoria Pública estava à disposição da família para auxiliar nas documentações e transferências de bens. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Marcelo Freixo, iniciou o atendimento com a explicação sobre os