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Destacou, ainda, o papel que as quarenta Misericórdias e Centros Sociais Paroquiais têm ao nível da ação social, na diocese. No
entanto, salientou que estas instituições não podem ser espaços de “ateísmo prático”, onde “não se tem nada contra Deus, mas
faz-se tudo sem Deus”. Nas Santas Casas da Misericórdia, a Misericórdia também se exerce falando dos sacramentos, da Santa
Unção, pois muitos dos utentes foram pessoas que frequentaram a Igreja. Referiu ainda que qualquer Santa Casa da Misericórdia
deve ter um projeto de formação de qualidade, formação na fé para os colaboradores para que estes tenham consciência de
pertença. Deus não é qualquer coisa que podemos arrumar, não é só para conforto, mas é para testemunhar em que acreditamos,
não podemos perder a identidade do que somos. Somos a Igreja que não
tem um fim em si mesma, mas está ao serviço de uma causa. Jesus Cristo
confiou em nós a sua missão. Jesus Cristo é o Rosto de Misericórdia, e nós
somos todos rostos de Cristo, que confiou em nós para que fossemos em
Seu nome e, para irmos, temos de saber o que vamos fazer. Daí a
necessidade de formação.
Concluiu, dizendo que estas jornadas são também uma ocasião para
revitalizar a nossa fé, a nossa consciência de pertença a uma diocese,
fazendo-nos olhar para dentro de nós e dizer: “vede como eles se amam”.