matéria falando sobre bagunça de partidos e coligações (usar links enviados na pauta
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Coligações não são compromissos eternos, não é pacto, é apenas um atalho para se conseguir com mais facilidade aquilo que se almeja. Por isso, ideologia é o que menos importa, o importante mesmo é o que um pode proporcionar ao outro. É a famosa briga entre o poder pelo poder. Se unir com outros partidos dá maior garantia de vencer.
Só uma boa reforma política, que visa o interesse do coletivo, pode interferir nessa festa partidária e colocar para fora todo interesse individualista, seja de partido ou de candidato.
Mas, e a lei?
O Art. 6º, § 1o-A, da lei eleitoral de 1997 diz
ferramenta fundamental neste processo.
Partidos se unem para dominar o poder, para serem os donos do país e verem realizados todos os seus sonhos classistas. Com ideologias comuns ou não, eles se submetem às mais vergonhosas situações e uniões, até porque, a dependência propõe isso.
O interessante ou talvez o mais absurdo, é que partidos opostos tem se unido cada vez mais em prol do negócio político. PMDB e PT, por exemplo, partidos decisivos no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, caminharam juntos por seis anos durante o mandato da petista, mas quando o interesse bateu à porta, a covardia falou mais alto.
As coligações foram criadas para que partidos unissem suas forças e assim alcançassem objetivos eleitorais comuns. Uma estratégia usada para que aqueles que desejam lançar um candidato forte para cargos do Poder Executivo, por exemplo, vendo que sozinho não consegue essa vitória, acabam se unindo a partidos menores para então conseguirem uma força maior.
Porém, o que podemos ver atualmente com relação a essas coligações, é que elas têm se transformado em uma tremenda farra, regada de interesses próprios e sem nenhuma preocupação com a ideologia pregada por seu partido. O desejo de ser eleito ou reeleito tem estado em primeiro lugar e as coligações tem sido uma
União pelo poder
Igor Pires