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Dedo de Prosa
Ricardo Ayres
É correto pensar que você é alguém que acredita nas bases as quais o PMDB foi fundado?
Sim, é correto, uma vez que, quando surgiu, o PMDB agregou todas as forças
políticas que lutavam pela redemocratização do Brasil. A busca pela implantação e concretização do regime democrático no país
serviram de base para a criação do partido e é um ideal que acompanha a minha vida política.
É correto pensar que você é alguém que acredita nas bases as quais o PSB foi fundado?
O PSB é um partido que tem uma história, tem uma formação ideológica ligada à esquerda e, digamos assim, moderada. Quase bem próxima da social democracia que preconiza não o estado totalitário, nem também o estado neoliberal. De maneira que o estado, no pensamento do PSB, teria sua responsabilidade, não só a sua regulação própria do neoliberalismo, mas também teria uma capacidade de intervir no domínio econômico, inclusive, para que as pessoas
desde a origem. Então, eu acredito naquilo que o PSB defende, porque a minha formação veio a partir desse pensamento político que o partido tem no seu programa.
Pergunta 3: O que você pensa sobre o fim da reeleição em todos os cargos? Precisa ser algo radical ou por partes? A reeleição é o maior mal que esse país tem. Eu defendo o fim da reeleição para os cargos do executivo, contanto que aja um aumento no tempo de mandato de quatro para cinco anos. O destaque no executivo é porque no legislativo
você sobre-
vive
tenham uma oportunidade de desenvolver seus potenciais. Então, o PSB tem uma doutrina política filosófica que vem desde a sua fundação e teve na figura do Miguel Arraes os seus expoentes, assim como o João Mangabeira que fazem com que tenha hoje um bom conceito e uma boa representação, até porque a gente investe muito em informação política dos quadros que a gente tem. Então o PSB realmente tem uma base consolidada, tem uma estrutura ideológica doutrinária bastante ligada aos movimentos sociais, porque veio desses movimentos, e tem uma doutrina política que é o que hoje Brasil precisa.
tem uma doutrina política que é o que hoje Brasil precisa. Não ao intreguismo incompetente do neoliberalismo, mas também a ver a sua corrupção totalitária da esquerda.
Qual a principal ideologia defendida por você? Quais são suas bandeiras?
Acredito, até porque eu estou aqui na Assembleia graças a minha ligação com o movimento social. A minha formação política, ela foi mais ligada ao movimento social, a luta pela democracia, a participação popular nas decisões tomadas pelo poder constituído e essa é a formação que o PSB me traz desde a origem. Então, eu acredito naquilo que o PSB defende, porque a minha formação veio a partir desse pensamento político que o partido tem no seu programa.
O que você pensa sobre o voto obrigatório?
O voto ele é um direito, não pode ser conceituado como um dever. Eu defendo o fim do voto obrigatório para que ele seja facultado aqueles que desejam participar. Aqueles que porventura não quiseram se manifestar, emitirem de votar em uma eleição, já estão se manifestando por uma antecipação. Então, o voto obrigatório de fato conduz e é uma das engrenagens que movimentam a corrupção eleitoral. Ele é uma das engrenagens que faz que na obrigatoriedade aja o aliciamento, aja a corrupção no eleitoral. Eu acho que o Brasil avançou, hoje tem uma democracia bastante estruturada que permite o voto ser facultativo, ao invés de obrigatório.