Para Derrida, as palavras não têm a capacidade de expressar tudo o que se quer por elas exprimir, de modo que palavras e conceitos não comunicam o que prometem, e é nesse ponto que Derrida entra na TC. Para ele, as lacunas na escrita e na fala são inevitáveis; é a capacidade de serem modificados no pensamento, na expressão e na escrita que torna os conceitos incompletos. Assim, aquilo que dizemos e ouvimos só será de fato verdade quando o virmos como algo incompleto e aceitarmos desconstruí-lo; e se não o fizermos, a evolução sócio-tecnológico-produtiva o fará por nós, como já o fez com os dogmáticos conceitos de família, território, afeto, direito, etc..
Em A Gramatologia, Derrida apresenta outra tese inovadora e provocante afirmando que a linguagem escrita precede a linguagem oral no ser humano, alicerçada no princípio anti-idealista de que 'a existência precede a essência'. Para o filósofo, o que está 'fora dos livros' é 'marginal', está à 'margem da tradição' e situa-se no 'limite do discurso'.
A desconstrução não é um método
Podemos aplicar o conceito da Desconstrução em todas às áreas.
E o 'Mundo' intelectual da Literatura, da Linguística, da Filosofia, do Direito e da Arquitetura vai lembrá-lo sempre como o filósofo das Teorias Desconstrucionistas."
07
O termo desconstrução-e-religião descreve um modo não teísta de pensamento que procede de uma teologia e de um quadro desconstrutivo. Em termos de teologia dogmática, desconstrução-e-religião varia do certamente ateu até o quase ateu
Aqueles que têm uma abordagem desconstrutiva da religião se identificam de perto com o trabalho de Jacques Derrida, especialmente o seu trabalho mais posterior. De acordo com Slavoj Zizek, em meados da década de 80, a obra de Derrida mudou de constituir uma teologia negativa radical para ser uma forma de idealismo Kantiano.[1] John D. Caputo descreve o trabalho de Derrida na década 70 como um nietzscheano livre jogo de significantes, enquanto ele descreve o trabalho de Derrida na década de 90 como uma "religião sem religião."
Uma característica fundamental do trabalho de Derrida é a noção de Indesconstrutibilidade. No pensamento de Derrida, a desconstrução existe no intervalo entre as construções e indesconstrutibilidades. O primeiro exemplar dessa relação é a relação entre a lei, a desconstrução e a justiça. Derrida resume a relação, dizendo que justiça é a condição indesconstrutível que torna a desconstrução possível..