Cultura e tradições do Brasil
O Brasil fascina por sua miscigenação. As raízes indígenas, europeias, asiáticas e africanas entre tantas outras se refletem não só na cultura como nos costumes do brasileiro.
Reflexiones/Septiembre, 2014 11
A culinária, a música, o artesanato, a arquitetura e festas populares trazem consigo impressa essa identidade multicultural. Não à toa, o país conta com 17 bens culturais e naturais tombados pelo Patrimônio Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e uma das maravilhas do mundo contemporâneo, o Cristo Redentor.
A imigração no Brasil foi de extrema importância para a formação da cultura nacional. Características de todos os lugares do mundo foram incorporadas ao longo dos séculos, desde a chegada dos portugueses, em 1500. Além das contribuições de índios, negros e portugueses, a expressiva vinda de imigrantes de todas as partes da Europa, do Oriente Médio e da Ásia influenciou a formação do povo brasileiro.
Vale lembrar que, apesar de sua extensão territorial, fala-se o mesmo idioma em todas as regiões brasileiras. O português é a quinta língua mais falada, e a terceira entre as ocidentais, após o inglês e o espanhol. A Constituição Brasileira assegura o pleno exercício dos direitos culturais e define que o estado deve apoiar, incentivar e valorizar suas manifestações, além de proteger as culturas indígenas, afro-brasileiras e de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.
Artes
Nas artes o país também não deixa de ser plural. As artes cênicas envolvem algumas das expressões artísticas mais populares do país: o teatro, o circo e a dança. Os primeiros contatos do Brasil com o teatro aconteceram no século XVI, com o padre José de Anchieta, que utilizou a arte para catequizar os índios. Nos séculos seguintes, se diversificou com a introdução de peças trazidas da Espanha e Portugal e a construção de grandes teatros, até os dias atuais com grandes superproduções internacionais que desembarcam aqui a todo o momento.
A dança brasileira tem origens diversas e recebe influências de outros países, principalmente africanas, mouriscas, européias e indígenas. São diferentes em cada região do país e entre as mais conhecidas estão: o samba, o maxixe, o xaxado, o baião, o frevo e a gafieira. Existem ainda as danças folclóricas e tradicionais como forró, axé entre outras.
São consideradas artes visuais pintura, desenho, gravura, fotografia e cinema, além da escultura, instalação, arquitetura, moda, decoração e paisagismo. Muitas delas estão impressas no artesanato brasileiro que, em cada região possui uma característica típica. Nas regiões Sul e Sudeste, sobretudos nos Estados de Santa Catarina e Minas Gerais, produtos feitos com folha de bananeira, assim como panelas, potes, moringas e jarras em cerâmicas são destaque. Minas Gerais também se destaca pelos tapetes e colchas feitos em tear manual, peças produzidas em estanho e pedras decorativas talhadas dos mais diversos tipos de minério.
Na região Centro-Oeste, o foco também está no bordado e nas atividades relacionadas à madeira, barro, tapeçaria e trabalhos com frutas e sementes. Animais de porcelana e moringas de barro são muito comuns em Goiás e no Mato Grosso. Além do artesanato relacionado ao barro e à madeira, o Nordeste se destaca pela famosa renda de bilro, no Ceará. Todas as técnicas de produção em fibras de algodão são herança da colonização portuguesa e são conservadas até hoje. Cabe mencionar a participação relevante dos trançados de palha, cestarias feitas com trançados de carnaúba, bambu e cipó.
Assim como nas outras regiões, o bordado também é muito popular na região Norte. Mas a influência indígena faz da cerâmica uma das produções mais presentes na região. Existem duas vertentes de inspiração para os artesãos: a marajoara e a tapajônica, que são estilos genuinamente indígenas, com técnicas e formas milenares. Jóias feitas de sementes e metais preciosos também são típicas do Amazonas. As atividades relacionadas à madeira e metal também são comuns.
Nas artes plásticas destaca-se a Semana de 22, realizada por artistas modernistas como Anita Malfatti e Tarsila do Amaral. Após esse período pode-se citar Di Cavalcante e Portinari, e, mais recentemente, Romero Britto, entre os artistas de expressividade internacional.
Fonte: Governo Federal do Brasil.
CULTURA
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