REF&H - Edição 76 (Março - Junho/2016) Versão reduzida | Page 11

Muitos gestores de academias me relatam quedas na visitação espontânea da ordem de 20%, 30% e até incríveis 40% , com o consequente impacto na queda do número de matrículas e clientes ativos no negócio.

Antes de entrar nas possíveis soluções para este fenômeno, bastante consistente ao longo do ano, se faz necessário entender o atual momento macroeconômico e suas consequências sobre os negócios e as academias em particular.

Em termos de PIB, o Brasil está hoje, em 2016, do mesmo “tamanho” que tínhamos em 2012.... esse dado já explica muita coisa. Por outro lado, a inflação corroeu uma grande parte do “dinheiro livre das famílias e indivíduos” em uma velocidade muito maior do que a capacidade de reposição de renda, via salários e faturamento das PME, possível numa economia em contração.

A mudança do modelo macroeconômico (a tal nova Matriz Econômica) promovida entre 2008 e 2012 se esgotou e cancelou o breve namoro com o consumo que as classes C e D vinham mantendo. É importante lembrar que esse modelo de incentivo ao consumo, via crédito e alavancagem financeira, não criou riqueza real e sim um aumento temporário da renda disponível para o consumo da ordem de R$ 50 bilhões a cada ano durante quatro anos. Essa gigantesca montanha de dinheiro, antes não disponível, se transformou na possibilidade de aumento do consumo e aquisição de novos hábitos, como academia, por milhões de pessoas que impulsionaram uma verdadeira primavera para nosso mercado.

É preciso ver o que as academias que crescem – sim tem muitas crescendo e ganhando mercado – estão fazendo para perceber o que mudou em três ou quatro anos.

Março - Junho 2016 | Empresário Fitness & Health | 13