Rede em Revista - Teste Edição Novembro 2018 | Page 26

cioè anche alle terze, quarte lingue ecc.” (p. 13). No planejamento da modalidade de ensino de L2, torna-se necessário considerar requisitos básicos, como a harmonização entre línguas próximas e línguas distantes da primeira língua do aprendiz, a regulação de modelos de ensino, mediante as falas locais, as políticas legais do estado e o gerenciamento dos sistemas e dos usos linguísticos em face do ensino da língua oral - a fala - e da escrita, em atenção a mudanças, resultantes do contato. O ensino de línguas requer da parte do professor atenção aos direitos de aprendizagem dos estudantes. Essa é uma atitude política, por ser uma habilidade necessária e essencial para que haja, de modo harmonizado, interação de povos com falares diferentes e cooperação entre civilizações.

O sucesso do binômio ensino e aprendizagem depende de como as línguas se harmonizam, em vista de os sistemas se posicionarem mais próximos ou mais distantes. É da natureza da harmonização entre línguas que estas sejam vistas em um quadro de políticas, estruturado e definido como política de língua, política interna da língua, política externa da língua, políticas linguísticas, política linguística interna, política linguística externa (FAULSTICH, 2016). Essa distribuição considera os fundamentos, os princípios e os mecanismos linguísticos, para que os falantes desempenhem papéis sociais, interacionais e comunicacionais, sustentados na escolarização. Um planejamento bem feito deve deixar claro, por meio de objetivos operacionais, em que política de língua se situa e em que política linguística se enquadra. Essas considerações realçam as denominações que recebe o Português no escopo de Segunda Língua. Ao comparar a formação de professores de L2-L1, o professor de L1, normalmente, já tem um modelo de língua fixado pela tradição; porém, para o ensino de L2, os estratos de formação da L1 podem servir como motivação para a criatividade de materiais de ensino da L2, mas não de modelos definitivos. Nessa configuração de conhecimentos, em que a abordagem estruturalista ainda está muito presente, a tendência é um esmaecimento do conteúdo do objeto a ser transmitido em L2, que, oportunamente, traz de volta dúvidas sobre o que ensinar. Os objetivos do ensino de L2 devem considerar ‘para quem’ e ‘como deve ser o ensino’, porque o recebedor já domina outras línguas em que a posição de primeira pode estar ocupada. É, portanto, a diferença estrutural entre L2 e LI, em vista do recebedor do ensino, que os princípios da programação total ou parcial de um curso deverão ser regulados. Do ponto de vista do funcionamento oral ou escrito, um dos passos iniciais exige que quem seja responsável pelo ensino conheça as diferenças de línguas de grupos culturais ou étnicos. Um planejamento construído no fundo linguístico de segundas línguas pede distinção entre tipos ou modalidades, porque no dinamismo do ensino há, pelo menos, dois interlocutores diferentes, que convergem para um mesmo fim, o que ensina e o que aprende, em outras palavras, ‘quem é quem’, ‘quem ensina’ e ‘quem aprende’. Essa atitude evita metodologias que se esfumacem num ensino sem proveito e produzam resultados frustrados.

Com o propósito de internacionalizar a Língua Portuguesa, criou-se na Universidade de Brasília, em 1998, a Licenciatura em Português do Brasil como Segunda Língua (PBSL), com a meta de formar professores para ensinar o Português do Brasil – língua, literatura e cultura – a falantes e usuários de outras línguas. O curso planejado em um contexto de Políticas Linguísticas, foi criado com o ob-

O Curso, planejado em um contexto de Políticas Linguísticas,

O Curso, planejado em um contexto de Políticas Linguísticas,

O Curso, planejado em um contexto de Políticas Linguísticas,

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