Rede em Revista - Teste Edição Novembro 2018 | Page 11

saberia responder a pergunta nesses termos. O que se sente é que os países, independentemente de serem PALOPs ou não, tem uma comissão nacional bem orientada e bem formada, inclusive eles são os que melhor dialogam aproveitam a potencialidades com o IILP.

Em meses, a sua gestão da direção executiva deve se encerrar. Gostaríamos de ouvir um pouco sobre a sua experiência a frente do IILP e sobre o legado que estará deixando.

Bom, o meu mandato termina em 31 de Dezembro deste ano. Foram quatro anos e meio e o que posso dizer é que em todas as instituições que eu geri ao longo da vida, eu as tornei minhas escolas. Logo ao assumir o cargo, desenvolvi a minha perspectiva de gestão em cinco princípios. O primeiro princípio executado foi a "continuidade", priorizei avaliar e perceber os alinhamentos dos projetos iniciados na gestão anterior, e não desperdiçar nada útil já realizado.

Outra questão que eu quis realizar é a questão da inovação, cada dia nós construímos e inauguramos instrumentos de gestão diretamente direcionados para uma instituição como o IILP. Ao longo dos anos, criei uma família, entre os colaboradores do IILP e só queria dizer que o grande principio realizado foi manter as utopias sempre presentes, foram elas que nós moveram, e quando eu digo "nós" é porque atrás de mim, sempre teve uma equipe que me apoiou e apoiou toda a minha adrenalina. Sempre achei que quando pensamos nós podemos fazer.

Acredito que a atividade do IILP deveria primeiro proteger o desenvolvimento destes projetos que já existem e que se tenham mostrado úteis para todos os países e para além dos países da CPLP. Por outro lado, não perder o foco em relação aos planos de ação, onde estão os eixos culturais de todo o desenvolvimento, olhando em diferentes dimensões culturais.

Mas estes são os focos principais em tentar dar passos concretos, nem que sejam pequeninos. Se o IILP não se relacionar com as áreas da educação do ensino superior e da cultura e vice e versa, os objetivos e resultados serão sempre muito invisíveis. Isto é, o que eu acho que deveria ser o foco da próxima direção executiva, mas é apenas uma opinião e nada mais do que isso.

Entrevista realizada em agosto de 2018 pelo Diplomata Wellington Bujokas da Divisão de Promoção da Língua Portuguesa (DPLP)

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