Reversibilidade das Reações Químicas
As reações químicas raramente atingem 100% de eficiência, pois sempre há produtos restituindo
os reagentes de origem. Assim, pode-se afirmar que toda reação é reversível, mesmo que essa
reversibilidade seja quase nula.
É essa reversibilidade que determina, por exemplo, o rendimento de uma reação (quantidade de
produto em relação à de reagentes) ou a força de um ácido ou base (a partir da ionização e
dissociação dos mesmos).
Como exemplo, observe a reação de dissociação do ácido clorídrico quando perde um próton
(H+) para a molécula de água:
HCl(aq) + H2O(l) → H3O+(aq) + Cl-(aq)
Apesar de o sentido da reação ser indicada por uma seta única, não é o jeito mais correto. É
verificado experimentalmente que a reação não ocorre com a dissociação total do ácido: uma
parte sempre permanece na forma molecular (cerca de 8%).
A água presente num copo evapora-se, passando para a atmosfera. A humidade presente no ar,
ou seja, o vapor de água, pode condensar-se numa superfície como o lado externo de uma
garrafa de água retirada da geladeira, retornando ao estado líquido. As mudanças de estado da
água são, portanto, processos reversíveis.
E quando quebrar um copo, consegue fazer com que ele volte à forma original? Não, por mais
que tente. Processos que não podem retornar aos estados iniciais são chamados de processos
irreversíveis. A queima de combustível é outro exemplo típico de processo irreversível. Ao ser
queimado, o etanol (CH3CH2OH) transforma-se em gás carbónico (CO2) e água (H2O), como
descreve a equação química:
CH3CH2OH(l)+ 3 O2(g)→ 2 CO2(g)+ 3 H2O(g)
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