da sociedade angolana
bidas alcoólicas que se converteu, diga-se, no refúgio dos socialmente instáveis. O consumo de outras drogas, regista índices pouco expressivos, o que não significa que se tenha baixado a vigilância. Outra área prioritária no trabalho com a juventude e adolescentes, é a educação moral e cívica, como meio de influência positiva para contrapor a prevalência da muito propagada crise de valores das gerações jovens. R: Quais os programas já em curso? JMB: Existem duas instituições fundamentais através das quais o Ministério da Juventude e Desportos desenvolve programas de e para a Juventude: CNJ, Conselho Nacional da Juventude e o FAJD, Fundo de Apoio à Juventude e ao Desporto. Com estas instituições realizam-se entre outros, programas como: -“P’RA A FRENTE JOVENS” vocacionado à concessão de apoios técnico, material e financeiro às iniciativas e projectos concebidos pelosjovens, dando-se prioridade áqueles de relevante impacto social e comunitário. “INFORJOVEM” vocacionado para o ensino e difusão informática e novas tecnologias de informação e comunicação no seio da juventude. Numa primeira experiência o Ministério instalou sete centros a nível do país, prevendo-se instalar mais três nos próximos meses. “JIRO - Juventude Informada, Responsável e Organizada” é um projecto de jovens para jovens, coordenado pelo Ministério da Juventude e apoioado pelo FNUAP-Fundo das Nações Unidas para a População. Integra ainda os Ministérios da Educação, da Saúde e da Assistência e Reinserção Social. Realiza campanhas de sensibilização e educação dos jovens e adolescentes em matéria de género, relacionamento familiar, saúde reprodutiva e doenças sexualmente transmissíveis. Neste quadro foram já formados 110 jovens designados por “Kambas” (amigos) do JIRO, que desenvolvem o trabalho de aconselhamento criados nesta fase de implantação. O Governo entende que a resolução dos problemas da juventude não será possível fora do quadro da resolução dos problemas mais grais de toda a população. Todos os programas quer de estabilização macro-económica do país, quer de assistência social das populações concorrem para a satisfação de todos incluindo os jovens. R: O intercâmbio de jovens como é feito e com quem é feito? JMB: O Intercâmbio interno é difícil de organizar, sobretudo devido à situação de conflito vivida que condicionou a vida de todos, vivendo-se numa espécie de ilhas. A mobilidade juvenil dentro do próprio país foi lesada e foram sobretudo as actividades desportivas que propiciaram deslocações regulares dos
Comunidade dos Oito - Angola
jovens de um ponto ao outro do país mas por via aérea. Nestas condições o intercâmbio foi fundamentalmente feito nos centros urbanos entre jovens das diferentes associações, com ressalva de algumas actividades turísticas levadas a cabo pelas associações estudantis, ecológicas,e pelo movimento de escuteiros. A nível externo há acordos de cooperação entre os países da CPLP particularmente no âmbito das “BIENAIS DOS JOVENS CRIADORES”, eventos de carácter artístico e cultural que congrega a mocidade dos países da Lusofonia.
Raízes 7