acaba acontecendo. Bernes tinha convicção, ele
pensava – vim aqui para me associar a Edison e
vou conseguir nem que leve o resto da vida.
Quando a ocasião surgiu, foi de uma forma
inusitada e vinda de onde Bernes Jamais poderia
imaginar, este é um dos truques da oportunidade,
ele tem o hábito de disfarçar-se, entrando sorrateiramente pela porta dos fundos e às vezes, tomando
a aparência de uma desventura ou derrota. Talvez
seja por isso que muitos deixam de reconhecê-la.
Edison acabara de aperfeiçoar um novo equipamento para escritório, conhecido na época
como a Edison Dictating Machine (ditafone). Os
vendedores não se entusiasmaram com a máquina e não acreditaram que pudesse ser vendida
com facilidade. Barnes viu aí sua oportunidade.
Ela chegara silenciosamente, escondida em uma
máquina de aparência estranha que não interessava a ninguém, a não ser a ele e ao inventor.
Barnes sabia que conseguiria ven-der o ditafone. Sugeriu isso a Edison e, prontamente, conseguiu uma chance. E realmente vendeu a máquina
- na ver-dade, com tal sucesso que Edison lhe ofereceu um contrato de comercialização e distribuição para todo o país. Dessa associação, nasceu o
slogan: “Feito por Edison e instalado por Barnes”.
A aliança comercial entre eles funcionou por
mais de trinta anos. Por causa dela, Barnes ficou
rico, mas também fez algo infinitamente maior:
provou que alguém pode realmente “pensar e enriquecer”. É impossível saber quanto o desejo original de Barnes rendeu-lhe em dinheiro. Talvez 2 ou
3 milhões de dólares, mas, seja qual for a quantia,
parece insignificante se comparada ao maior bem
que adquiriu: o conhecimento preciso de que um
impulso intangível de pensamento pode ser transformado em sua contrapartida física por meio da
aplicação de prin