Os Charrua moravam mais para o oeste gaúcho( atuais municípios de Uruguaiana e Barra do Quarai), ocupando as margens dos rios Uruguai, Ibicuí e Quarai, e tiveram maior contato com o conquistador espanhol.
Foram chamados de“ infiéis” pelos padres jesuítas, porque jamais aceitaram a catequese, devido à sua índole guerreira e móvel.
Os Charrua se converteram em habilidosos guerreiros a cavalos que manejavam a lança e a boleadeiras, armas temíveis para os espanhóis.
Muita coisa não foi contada, embora nos pareça óbvio, se é dito que“ os índios eram preguiçosos, não aceitavam ser escravizados”... Leiam-se Os indígenas recusavam-se a derrubar a mata tão sagrada para eles / as, lutaram enquanto puderam, quando viram que os inimigos invasores cresciam em número, alguns se aliavam à eles, mas a maioria fugiu para as matas. Essa fuga os deixou bem afastados do litoral, já não tinham mais seu alimento fácil, peixes e mariscos. Tiveram que se adaptar utilizando raízes como a mandioca de onde extraiam a farinha, os peixes quando achavam rios ou a caça. Ao longo dos anos foram aprendendo a utilizar os temperos, fermentando e produzindo bebidas alcoólicas, das fibras das plantas e do barro criavam seus objetos.
4. Invisibilidade
A pior agressão aos indígenas do Brasil é a eterna de ocupação de suas terras pelo capitalismo, a tentativa de invisibilidade dessas comunidades indígenas que tem diversos ramos e que esta espalhada em muitos lugares das Américas, mas aqui no Brasil, segundo a FUNAI – Fundação Nacional do Índio; dos cinco milhões de indígenas que existiam na época da chegada dos portugueses, só existem hoje 460 mil.
5. Lutas das Comunidades Indígenas
Em 19 de Abril de 1940 houve o Primeiro Congresso Indianista Interamericano, foi quando, após várias tentativas, conseguiram juntar os índios para discutir seus direitos. Portanto, uma população que vem sendo dizimada desde a invasão do seu território, somente agora, mais de quinhentos anos depois, esta se organizando e vai em busca de seus direitos de saúde, moradia, educação, segurança ou, simplesmente do sagrado direito de existir com suacultura. Entretanto, não basta só conhecermos a história, temos que agir para promover junto com alunos / as e a sociedade em geral, reflexões e ações para que essas atrocidades não mais se repitam, e que os nossos indígenas, não importando a etnia, não fiquem somente no imaginário social como apenas uma figura mítica e que não nos lembremos deles / as de forma patética apenas no dia 19 de Abril, tenhamos mais respeito com os / as verdadeiros donos / as deste país.