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SUMÁRIO Retratos da modernidade P elo computador, uma mulher escreve um e-mail e conta, para seu psicólogo on-line, sobre seus tormentos pessoais. Na televisão, um jovem assassino, de um crime do momen- to, é avaliado por uma apresentadora e um profissional psi. E ainda, apesar das mudanças significantes relacionadas ao taba- gismo, o homem moderno se prende ao cigarro como uma manei- ra de manter um vínculo social e até uma identidade individual. Multidisciplinaridade talvez seja a palavra mais indicada para apon- tar caminhos para este momento vivenciado pela humanidade. Nesta edição, a revista Psique Ciência & Vida apresenta vaários artigos que discutem as relações do homem com a contemporâneidade. Adria- na Zottis escreve sobre o atendimento psicológico realizado por meio do computador e como este desafio afeta o relacionamento entre cliente e psicoterapeuta. Parece que as inovações tecnológica têm sido usadas de uma maneira eficaz a favor da sociedade. O que não parece acontecer na educação quando um behaviorista radical chama a atenção para uma pedagogia que trata o indivíduo como uma máquina de conhecimentos. Mais uma vez, a família também está na pauta. Ela é o núcleo base que poderia (RE) organizar parte dessas mutações. Alexander de Paula questiona, em Família: a mola mestra da sociedade, o rumo das novas relações e seus novos filhos. Com base na experiência clínica, Alexander comenta relações feitas e desfeitas repetidademente, sem nenhum tipo de reflexão e carregadas de históricos familiares complexos e repletos de projeções. Uma via breve para uma sociedade limitada e frustrada. Socie- dade que acaba por se prender a hábitos como o tabagismo - citado em outro artigo - para ter algum suporte psicológico. Um grande engano. Talvez para ilustrar as discussões comportamentais e sobre a família entre outros tantos temas, valha pontuar um texto so- bre ética. Eduardo Onorato fala neste número a respeito do pro- fissionalismo psi frente a tantas situações corriqueiras e consi- deradas normais que a mídia apresenta. Quem sabe, no dia em conseguirmos consiliar informação, tecnologia, respeito, auto- consciência e ética, surgirá, por fim, um lugar melhor de ser viver. Boa leitura! Cristina Livramento