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de si mesma, e não só isso, já que para servir de inspiração, emulação, imitação, uma comunidade também composta de entidades conscientes e por conseguinte sociais, deve entrar em CONTATO DIRETO com dita entidade principista. Neste sentido, não custa nada entender a afirmação de quase todos os povos do mundo, em suas tradições ancestrais, de ter entrado em contato direto com suas deidades. Os ingas asseguravam descender de “La Orejona”, vinda de “Vênus”, os sumérios, de “Innana”, “Enki” e “Enlil”, os indo arianos, de “Brahma” e “Shiva”, e mais ainda, existe uma linha ou casta Bramânica ou sacerdotal e outra “Kshatriya” guerreira ou shivaista. As tradições germânicas e nórdicas asseguram que Wotan e seus Ases conviveram junto aos Vannir, e os povos do pacto de sangue. Na Bíblia, Jeová, o mais importante princípio teológico, se descreve humano, soberbo, misógino, vingativo, e especulador, degustando comidas ao ar livre, juntando-se com mulheres de carne, combatendo fisicamente junto aos seus acólitos, acompanhado de anjos, arcanjos e demônios, como a maioria das deidades do panteão grego, sempre com problemas de saias, rinhas e filhos não desejados. Mas se até o mais recente deus encarnado caminhou junto aos humanos, legando-nos um princípio que, se tivesse sido assimilado pela humanidade, teria mudado o mundo. Que não se diga, então, que estamos falando idiotices, e que não temos razão ao criticar a atitude sacralizante das religiões, que provocaram a desvinculação de seus adeptos e crentes com os mesmos princípios que as fundamentam. Tudo para nos esconder a realidade da existência de entidades que vivem em planos superiores deste universo, controlando todas as variáveis culturais, para reter-nos no cárcere-prisão na qual nos encerraram. Em todo caso, dando uma olhada no mundo real em que vivemos, devemos inclinar-nos a pensar que estas deidades sentem desprezo pelos seres humanos. Mas adentrando-nos na tradição e na mitologia ancestral de vários povos e culturas, ao menos teríamos a oportunidade de conseguir seus favores. Por exemplo, os deuses germânicos asseguram aos homens que morrem por defender uma causa justa, a entrada em sua morada e o fruto da imortalidade. Outros, pelo contrário, exigem submissão, humilhação e adoração por parte de seus seguidores; como teremos oportunidade de revisar mais adiante, o paganismo e o próprio monoteísmo giram em torno a esta dualidade, uma rivalidade entre deidades antagônicas. Krishna, o Kristo Ariano, junto a Arjuna e os Pandavas, em Kurukshetra.