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Movimento, o leitor saberá captar, para além do específico, a universalidade do pensamento. Diz-se também da Eucaristia que é fonte e ponto culminante da vida e da missão da Igreja (cf. Bento xvi, Sacramentum caritatis). Será que existe um vínculo entre o capítulo 13 do Evangelho de João – que traz a narração do lava-pés e da dádiva do Mandamento Novo – e a instituição da Eucaristia, de que o evangelista não fala? Ela, porém é narrada pelos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) e também Paulo (cf. 1Cor 11,23). Segundo alguns autores, o capítulo 13 do Evangelho de João “poderia ser o lugar em que o autor [João] evoca a ‘comunidade ao redor da mesa’, ratificada pela Eucaristia, e a exigência de comunhão que dela provém. […] O texto mostra-se, então, carregado de uma revelação essencial sobre a natureza da Eucaristia. Sua instituição por parte do Senhor está de tal modo ligada à vontade de fazer nascer a comunhão, que a forte lembrança dessa vontade pode retomar o relato da instituição, para uma comunidade que celebra a Mesa Eucarística” (Tillard, 1992, p. 105). Lei da vida de Deus, lei da Igreja; mas, para Chiara Lubich, lei também da transformação do mundo: “Para qualquer um que se disponha hoje a remover as montanhas do ódio e da violência, a missão é pesada. Mas o importante é: o que é impossível a milhões de homens isolados e divididos, parece tornar-se possível a pessoas que fizeram do amor mútuo, da compreensão recíproca, da unidade, a motivação essencial da própria vida”3 . 3 Vide adiante, p. 125. O amor mútuo Miolo mutuo.indd 13 13 10/22/13 2:30 PM