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Em síntese, diríamos que Alceu se afirmou
através de um intelectualismo lúcido, de um espírito
libertário e de uma visão da realidade em forma
triádica. Não surpreende que haja vivido três vidas
em uma, nem que a Trindade divina nele encontrasse uma acolhida tão profunda.
Alceu Amoroso Lima morreu no dia 14 de
agosto de 1983, em Petrópolis, cercado pelo carinho dos seus e pelo conforto espiritual da Igreja.
Deixou-nos um legado: sua vida exemplar e suas
obras repassadas de ensinamentos. E um conti
nuador: Cândido Mendes que, em boa hora, fundou
o Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade a
fim de aprofundar suas idéias e lhe perpetuar a
memória.
A vida de Alceu Amoroso Lima não foi linear.
Não foi marcada por um itinerário geométrico, com
script previamente delimitado. Há uma dinâmica
em seu percurso, a evidenciar o quanto o escritor
se ajustou ao seu tempo, evoluindo em obediência
ao enriquecimento crescente de seu convívio com
os seus contemporâneos, neste permanente anseio
de convivência intelectual e de constante desejo de
assimilar a personalidade do outro, mercê de aguçada
sensibilidade. Nele não encontramos o racionalista
frio. Detectamos facilmente em sua obra uma paixão
sadia da inteligência, sem os arroubos apologéticos tão
comuns nos críticos ensimesmados.
Palmilharmos a estrada que ele trilhou. Seguir
suas pegadas. Eis o desafio que lhe fazemos, jovem
leitor, para que Alceu Amoroso Lima não se perca no
limbo dos pensadores olvidados.
Tarcisio Meirelles Padilha
Presidente do Centro Dom Vital
Diretor da revista A Ordem
Presidente da Sociedade Brasileira de Filósofos Católicos
Diretor do Departamento de Filosofia da
Universidade Gama Filho
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