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Guilherme fica no gol. Começo dando um drible de leve, estilo Neymar, para impressioná-lo, e grito como o comentarista na televisão: – Recuperação de Lili que toma a bola. Drible fantástico! Ela deixa seus adversários lá para trás. Não há mais ninguém na defesa. O gol vai sair. Será que o goleiro consegue evitar o inevitável? Lili é aclamada pela torcida que delira, chuta com toda a força direto para o gol! Mas, no momento em que chuto a bola, vejo-a levantar voo bem alto, alto demais. Ela passa a três metros acima da cabeça de Guilherme, que pula de alegria: – Fora! Foi fora! Continua 2 a 1! Não tiro os olhos da bola. Tenho uma espécie de mau pressentimento. Não é possível! Ela voa na direção da casa, quebra a vidraça da sala, bate no abajur azul, que se quebra em mil pedaços, e aterriza no quadro de papai, que cai da parede. Ai, ai, ai! Não acredito! Tô perdida! Tomara que seja só um sonho ruim! “Não se preocupe, Lili, você vai acordar...” Mas, vendo a cara de pateta do Guilherme, fico com um medo 6