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Além disso, evitei aquelas expressões da linguagem bíblica que
não existem na linguagem do dia-a-dia (por exemplo: «Em verdade,
em verdade vos digo») e preferi ao termo de cunho estritamente religioso o equivalente “leigo” (magos-sábios, Verbo-Palavra). Às vezes,
substituí por paráfrases termos conhecidos, cujo significado exato
o leitor médio talvez não alcance, a fim de lhes dar maior atenção
(publicano, fariseu, escriba, sumo sacerdote etc.). Também no texto
do Autor busquei evitar termos técnicos teológicos específicos.
Portanto, em não se tratando de citações exatas das Escrituras, mas de novas formulações, eliminei regularmente as chamadas
com os números de capítulos e versículos.
Outra alteração diz respeito às maiúsculas, abundantes no
texto russo (presentes, por exemplo, até nos pronomes possessivos
referentes a Jesus). Aliás, isto se explica pela oposição natural dos
fiéis a uma “regra” ortográfica soviética, que determinava fosse
escrita com minúscula inclusive a palavra “Deus”… Acho natural
reduzir as maiúsculas ao mínimo em uma tradução ocidental.
Ao apor a palavra fim a esta introdução, queria atribuir ao
livro de padre Aleksandr as palavras do literato Cheviriov que, em
1836, Pushkin citava em sua entusiasta resenha da tradução russa
do livro de Silvio Pellico, Os deveres dos homens: «Que vós o
leiais com a mesma fé com que foi escrito e, do mundo obscuro da
dúvida, da desordem, do dissídio entre a mente e o coração, entrareis
no mundo luminoso da ordem e da harmonia. O fim da vida e da
felicidade então vos parecerá simples. Recolhereis as vossas forças,
reduzidas a migalhas pelas paixões, pelos hábitos e pelos desejos,
e sentireis no vosso espírito dois sentimentos que, infelizmente,
são muito raros em nossa época: o sentimento da satisfação e o
sentimento da esperança».
Por fim, desejo agradecer a Pavel Mien, irmão de padre
Aleksandr, ao padre Ignati Krekchin, a Anna Beresnevitch e a
Nuccio Guaita, sem cujos conselhos, incentivos e apoio a versão
italiana não teria visto a luz.
Moscou, junho de 1996
Giovanni Guaita
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