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As Metas do Milênio das Nações Unidas almejam “erradicar a extrema pobreza e a fome”, reduzindo “pela metade, entre 1990 e
2015, a proporção da população com renda inferior a um dólar
por dia” e “a proporção da população que sofre de fome”.
Muito se discute e muito se faz para erradicar a pobreza, também no Brasil, um dos países de maior desigualdade social. No
entanto, questionam-se as formas tradicionais de filantropia
e de transferência de renda, pela sua ineficácia e, sobretudo,
por não deixarem de ser formas elaboradas de esmola. Que
não apenas tendem a perpetuar a dependência dos pobres,
mas lhes roubam inclusive a dignidade.
Com seu mundialmente conhecido Banco Grameen e seu sistema de microcrédito, Muhammad Yunus revoluciona o conceito de erradicação da pobreza, subvertendo a lógica econômica dominante. E as mais de cem milhões de pessoas por
ele atendidas comprovam tratar-se de uma saída do círculo
vicioso da pobreza, a partir da aposta na dignidade, na força
empreendedora e na criatividade de todo ser humano, inclusive dos que vivem na miséria.

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