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pensar mundo unido
Depois das fracassadas tentativas de eliminar a esfera espiritual da vida humana, por parte de várias ideologias, eis que
esses Novos Movimentos religiosos, em geral, trazem à tona
em uma sociedade secularizada, uma espécie de nostálgica
necessidade de algo que supere o simples plano material e
econômico da vida, insuficientes ao coração do homem,
que é ávido de infinito e que, ao mesmo tempo, se encontra
amedrontado e inseguro diante de um futuro incerto.
Este “retorno do sagrado”, porém, parece-nos que não
pode ser entendido como crença em um Deus, superior,
criador, poderoso, pessoal, Amor, mas, como pura energia,
algo de indefinido, às vezes coincidente com o profundo ser
da própria pessoa. Este “retorno do sagrado” manifesta-se
como busca de poderes e controle sobre o homem, sobre o
universo, sobre o futuro; poderes que, se não podem garantir
a tranqüilidade, ao menos amortizam a angústia que o homem sente interiormente. Daí o grande número de Novos
Movimentos religiosos, com idéias e doutrinas baseadas no
controle mental, nas técnicas de meditação que libertam
a mente e a consciência, que fazem adquirir presumíveis
conhecimentos sobre o futuro, sobre o Além, tais como:
horóscopo, magia, e todo tipo de ocultismo e esoterismo, que
vão buscar suas raízes em práticas gnósticas pré-cristãs.
Alguns desses Movimentos exercem o seu fascínio pela
oferta de uma religiosidade privada, que não exige compromissos institucionais, ou pelo menos grupais. Outros, atraem
pela oferta da possibilidade de experiências excitantes, que
do cristianismo. São exemplos: as Testemunhas de Jeová, a Igreja de Jesus
Cristo dos santos dos últimos dias (ou Mórmons). No Brasil é comum
ouvir o apelativo “seita” aplicado indistintamente a vários grupos, inclusive às Igrejas Pentecostais, confusão esta que é necessário evitar. Como
o termo “seita” adquiriu, ao longo do tempo, uma conotação pejorativa,
seria melhor não mais usá-lo em nenhum caso, porque não condiz com
o desejo e a busca do diálogo com todos.
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