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apresentação pensar mundo unido Pensar é ousar. Pensar é a proposta-desafio lançada por esta coleção de breves ensaios. Que lugar cabe ao ato de pensar nestes tempos tão diferentes do mundo de Platão e Aristóteles, ou do Iluminismo e da Revolução Industrial? O vertiginoso fluxo de informações a que o homem atual está exposto, se, de um lado, permite-lhe estar “bem informado”, do outro, dificulta o “processamento” dessas informações numa síntese pessoal de pensamento. Também a linguagem está mudando, sobretudo ante as infinitas possibilidades oferecidas pela tecnologia e multimídia. A imagem, o som, as luzes, o movimento confinam a palavra abstrata. O modo de perceber e interpretar a realidade torna-se mais sensitivo, emotivo e estético do que racional e ético. Em outras palavras, tende-se mais ao “sentir” do que ao “pensar”. Assim, a coleção repropõe o “pensar”, entendendo que para ser cidadão, sujeito da própria vida e da sociedade, protagonista de um projeto de mundo, a pessoa não pode deixar que o pensamento seja patrimônio só dos intelectuais, dos políticos ou, o que é pior, de alguma elite dominante. É preciso democratizar o pensamento, permitindo que cada um tenha idéias próprias claras e que forme soberanamente a consciência. Portanto, pensar ainda é uma atividade humana importante e fundamental — ainda que não única. Pensar o quê? Pensar como? São as questões de fundo da coleção. Ela propõe “pensar mundo unido”, orientando-se em três direções, perseguindo três idéias básicas: — Procura-se compreender o ser humano, a sociedade, a história, a cultura, com seus mecanismos últimos, revendo as teorias que desvelam contradições, conflitos, forças desagregadoras. Ao lado desses mecanismos, não haverá outros que caminham na direção oposta? Que forças fazem o ser humano articular-se em comunidade, apesar de tantas tensões, e fazer “socialmente” história? Qual será o motor de uma história — talvez ainda a ser escrita — de uma humanidade que almeja a paz, sonha a justiça, conquista os direitos humanos, pratica a solidariedade? É este possível paradigma da unidade o ponto de partida e o pano de fundo do “pensar mundo unido” da coleção. 5