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Contemplo com o pensamento a vida virginal
dos três.
Então, Maria pode ter habitado aqui. José pode ter
atravessado o quarto daqui para lá. O menino Jesus,
que vivia no meio deles, deve ter conhecido este lugar durante anos. Nestas paredes terá ecoado a sua
vozinha de criança…
O pensamento, qualquer que seja, pesa-me nos ombros, aperta o coração; as lágrimas caem sem controle.
Foi assim da primeira vez.
Mas depois, a cada intervalo, corro sempre para lá.
Aquela convivência de virgens, com Jesus entre eles,
exerce atração irresistível. E todas as vezes, a mesma
sensação de algo divino que quase aniquila.
É o último dia. A igreja está repleta de jovens. Passame pela mente um pensamento claro, que jamais se
apagará: serás seguida por uma multidão de virgens.
De volta a Trento, encontro os meus alunos e o vigário. Este me vê feliz e pergunta: «Encontraste o
teu caminho?» «Sim», respondo. «O casamento?»
«Não». «O convento?» «Não». «Vais continuar
virgem no mundo?» «Não. É um quarto caminho»,
concluo. Mas só sei isso.
Passam-se quatro anos.
Ao fazer um ato de caridade, sinto que Deus me chama a doar-me para sempre a Ele. Peço a autorização
de um sacerdote. Consigo-a. É o dia 7 de dezembro
de 1943. A alegria interior é inexplicável, secreta,
mas contagiante.
Por várias razões, entro em contato com jovens de
minha idade.
Querem seguir o meu caminho.
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