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Não consigo mais aceitar a situação lá em casa: tenho por meus filhos um sentimento total de rejeição e de intransigência. Percebo que estou me afastando cada vez mais deles. Eu não quero uma situação como a que estou vivendo agora! Não quero que a minha vida se reduza somente a ter de correr atrás dos filhos, resmungar continuamente com eles, enquanto que eles não entendem… Pergunto-me: Será que a minha vida vai ser sempre assim, até meus filhos completarem vinte ou trinta anos? Não aguento mais! Eu não quero uma vida dessa para mim; não consigo aceitá-la… Não quero… E conclui amargurada: Se pudesse voltar atrás, não sei se teria filhos... É uma desilusão árdua: aquelas crianças tão desejadas, cuidadas e amadas não se revelam como uma bênção esperada, porque a educação delas se tornou um esforço sobre-humano. Na vivência dessa mãe, percebem-se os sintomas de um novo problema dramático e mais geral: a intolerância dos pais com relação aos filhos. Essa síndrome ainda é desprovida de uma sintomatologia clínica definida, mas já está presente na experiência de muitas mães. O amor pelos filhos exige esgotamento? Será mesmo necessária essa exasperação? A resposta é não! É possível encontrar uma saída? Sim, procurando viver o amor pelos filhos de outra forma, eliminando dele todos os vírus afetivos que sobrecarregam os pais e não fazem os filhos se desenvolver bem. Não é normal pegar-se sempre pensando: “Se continuar assim, vou virar santa”… mães à beira de um ataque de nervos • AMOR DEMAIS FINAL.indd 21 21 4/25/14 3:43 PM