A Bélgica dispõe de uma localização geo-
gráfica estratégica, situando‑se entre países como Alemanha, França, Países Baixos e Luxemburgo, parceiros económicos muito importantes.
Esta centralidade na UE permite que a Bélgica seja uma porta de entrada na Europa e uma plataforma apelativa para o comércio e o investimento, sendo, ainda, sede de instituições da UE e da NATO.
A sua mão-de-obra qualificada, o ambien-
te de negócios atrativo para o Investimento Direto Estrangeiro, o notável nível de investimento em I&D e a sua base industrial e comercial diversificada, fazem da Bélgica uma economia fortemente direcionada para a exportação (cerca de 84,0% do PIB, em 2023).
Possui uma rede extremamente desenvolvida de infraestruturas de transportes (com destaque para o porto de Antuérpia, o 2.º maior da UE) e de tecnologias (designadamente, telecomunica- ções).
O seu setor dos serviços é igualmente importante com cerca de 78,1% do PIB, em 2023, nomeadamente, do químico e do farmacêutico.
Em 2022, o crescimento do PIB belga de-
sacelerou para 3,0%, segundo a EIU, e estima-se que em 2023 tenha acentuado o seu abrandamento para 1,4%, em virtude da política monetária restritiva, da erosão do consumo por via da inflação, da crise energética e do fraco dinamismo económico global.
Prevê-se que esta tendência decrescente se aprofunde em 2024 (1,1%), traduzindo a persistência, em geral, destes fatores (o que deverá justificar um desempenho menos intenso do investimento) e a quebra na competitividade associada ao mecanismo de indexação salarial.
Adicionalmente, projeta-se uma inflexão pontual na trajetória de redução da taxa de inflação (2,4%).
Em termos de oportunidades de investi-
mento, a Bélgica poderá ser um mercado interessante em áreas como as fileiras moda, agroalimentar e bebidas, saúde e ciências da vida, bem como metal, metalomecânica e bens de equipamento.
FILEIRA CASA
A Fileira Casa é bastante dinâmica no contexto da economia belga, quer seja em termos de volume de negócios e mão-de-obra utilizada, quer em termos do volume de exportações. Especial destaque para a existência de um importante cluster da indústria têxtil, incluindo têxteis‑lar, presente na região da Flandres.
Segundo dados da Fedustria (Federação belga do têxtil, madeiras e mobiliário), em 2022, este setor foi responsável por um volume de negócios de 12 mil milhões de euros (repartidos entre 5 mil milhões para a indústria têxtil‑lar e 7 mil milhões para a indústria do mobiliário/iluminação), o que representou um crescimento de mais de 10% face a 2021.
À medida que milhões de millennials se preparam para comprar as suas primeiras casas, há novas oportunidades para os produtores, importadores, retalhistas e agentes, atendendo aos comportamentos e preferências inerentes a esta geração que prioriza a funcionalidade, sustentabilidade ecológica e acessibilidade.
Neste sentido, esta é uma fileira que deverá merecer uma atenção especial por parte da oferta portuguesa, face às variadas oportunidades de negócio existentes em todos os subsetores que agrega.
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