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6 . Abordando a comunidade
( Ver Preparando-se para retornar à comunidade e Preparando uma sobrevivente para se reunir com sua família e círculo social na Parte II , páginas 110-111 e 112-113 .)
Intervenções são necessárias no indivíduo e também na comunidade . Nas anotações do seminário , nós examinamos diferentes formas de apoio que ajudantes podem fornecer para indivíduos que sofreram perdas e violência . Destacamos , também , a importância de compreender a situação para a qual as mulheres estão voltando . Um grande desafio é criar uma cultura de apoio e respeito dentro da comunidade .
PARTE III : TEORIA
Como abordar a comunidade . O envolvimento de líderes religiosos , homens , etc .
De acordo com Judith Herman ( 1992 ), um ajudante deve lembrar que a recuperação só pode se efetivar com relacionamentos . Ela não pode ser conquistada no isolamento . É necessário envolver a comunidade no processo de recuperação da sobrevivente .
A resposta imediata ao estupro na maior parte das comunidades é estigmatizar , rejeitar e abandonar a mulher estuprada . Isso complica e exacerba o seu sofrimento e dificulta a sua recuperação . Ajudantes devem tentar falar com líderes da comunidade ( líderes religiosos , líderes políticos , oficiais militares , outros profissionais ) para explicar que estupro é um crime inaceitável em todas as circunstâncias e que as vítimas têm direito a apoio e ajuda . ( Herman 1992 ).
Também é importante discutir o poder desigual entre homens e mulheres , pois isso é uma frequente raiz da violência . Em muitas sociedades , violência masculina ou a ameaça de violência é um meio pelo qual homens dominam mulheres . É provável que seja útil em tais discussões chamar atenção a princípios estabelecidos dos direitos humanos , que afirmam que na lei internacional , todas as pessoas são criadas igualmente com os mesmos direitos essenciais . Discuta essas questões com os líderes da comunidade , destacando que , embora mulheres sejam geralmente as vítimas imediatas de violência de gênero , as consequências se estendem além da vítima para a sociedade como um todo .
• Violência de gênero ameaça estruturas familiares . Crianças sofrem danos emocionais quando suas mães e irmãs são surradas . Lares com dois responsáveis podem se separar , condenando mulheres donas de casa a um sofrimento maior com pobreza e discriminação social .
• As cicatrizes psicológicas da violência frequentemente previnem as pessoas de estabelecer um relacionamento saudável e recompensador no futuro . Vítimas de violência de gênero podem descarregar suas frustrações e dores nas próprias crianças e nos outros , transmitindo e intensificando os efeitos da violência . Crianças podem encarar a violência como uma forma legítima de resolução de problemas e conflitos . ( Defensores dos direitos humanos 2010 .)
Dessa forma , e de muitas outras , a violência é reproduzida e perpetuada .
Descubra o que membros da comunidade acham sobre o que aconteceu . Dê a eles informações relevantes sobre trauma e possíveis reações ao problema . Diga que o apoio deles é vital para a recuperação de sobreviventes . Se membros da família e da comunidade não puderem ser mobilizados , novas redes de apoio podem ser criadas entre as sobreviventes . Talvez ajude se você se basear nos valores e princípios dos direitos humanos quando você explicar VG . ( Defensores dos direitos humanos 2010 .)