OPINIÃO
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DuArtAttack
Humor
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Voto:
Todos os adultos, desde que somos garotos, sempre nos transmitiram a responsabilidade de votar, e sempre nos ensinaram acerca da sua grande importância. Mas os pais às vezes não têm razão, e outras vezes quem tem razão são os DuArtAttack. Neste momento, o voto tem um valor inversamente proporcional ao da bitcoin. E, insistindo nesta metáfora desnecessária com finanças, tal como foram os “Loucos Anos 20” que levaram à desvalorização do dólar, foram as Eleições Legislativas de 2015 que levaram à desvalorização do voto. Vendo bem as coisas, nenhum dos votantes influenciou em nada, e tudo acabou definido com uma birra de António Costa… mas ao menos vimo-nos livres do “Portugal à Frente”.
O ponto é, se o Costa continuar embirrento temos desde já um Primeiro-Ministro vitalício, portanto se quiserem mudar alguma coisa não votem, dêem-lhe um chá ou assim. Termino então com uma questão que me assolou agora: se a “Geringonça” fosse a União Soviética, quem seria Estaline?
Sebentas de inglês:
Só a malta que tem ou teve Inglês aqui na Católica é que vai perceber isto. Mas aposto que em todos os cursos existe esta cadeira. A cadeira cuja sebenta não é útil em rigorosamente nada. Tem para lá uns textos e os exercícios que de vez em quando se fazem. Mas se porventura não os tivéssemos feito, estaríamos exatamente na mesma.
“Há coisas na vida que passam por nós e não nos causam qualquer efeito. As sebentas de inglês ainda custam dinheiro e aumentam o peso da mochila.” DuArtAttack, 2018.
Cultura Portuguesa:
Como falar de sebentas inúteis sem falar de cadeiras inúteis? Salientar, leitores e leitoras, que esta alínea foi dos tópicos mais controversos dentro da sede dos DuArtAttack. É complicado eleger a mais inútil das cadeiras, especialmente tendo em conta que isso implica pôr dois colossos frente a frente. Cultura Portuguesa e Tradição dos Grandes Livros são dois titãs do prescindível; o Cristiano Ronaldo e o Messi da redundância universitária; o pináculo de tudo aquilo que é escusado. Venceu CP, dado que TGL ainda pode servir para que se gabem da vossa intelectualidade a conhecidos por já terem lido livros famosos. Por outro lado, olhando em retrospectiva, uma aula de Cultura Portuguesa era como uma aula de Português de 9º ano sobre Os Lusíadas, mas sem a parte da literatura. Ou da arte. Ou do propósito.
Peixe como animal de estimação:
Lembram-se quando o Padre António Vieira se virou para o pessoal e disse “Já que ninguém liga nenhuma ao que eu prego, vou falar para o peixes. Eles é que são bons, ouvem e não falam”. E é um facto, os peixes não falam. Isso do ouvir é que é mais complicado. Uma vez tentei dizer a um peixe que tinha lá em casa para dar uma cambalhota e ele não ouviu, ou ignorou-me. Para que querem as pessoas um peixe afinal? Não falam, não dão cambalhotas, nem sequer vão buscar a bola para impressionar os nossos amigos, como o meu cão bolinhas. E se ouvem não reagem.
O Santo António lá tinha os seus motivos para falar com os peixes. Mas fiéis à sua terra que se deixa salgar, os DuArtAttack prosseguem pregando aos seus leitores.