Poezine-se 8 Poezine-se 8 Lucas Vieira | Page 5

fico mancho o carpete, minhas calças e meu zelo, enquanto guardo sentimentos e palavras em segredo tenho cadeados mas não chaves, tenho medo percebo que carrego um pouco de tudo aquilo que vejo nada é imune o tempo me pesa feito o machado que pune doem em mim sentimentos que morrem como o amor e o ciúme seguir adiante, um raro hábito, um necessário costume se é de terra o chão, vou descalço se é de coração, vou de fato se você sabe, não foi de praxe eu, quando vôo, permaneço. tardes sem aquarela numa página em branco descrevo o vazio nada é mais sonolento e frio nem a ferida, nem a morte nem a falta de cor, nem a falta de sorte da faca ao corte, pedaços de vida tudo vai, nada fica. 2