As flores, as ervas no campo debaixo dum céu infinito
Azul limpo, horizonte calmo,
Vou ao monte, tá calor, sol, tiro os meus boxers
Tomo banho, penso na minha história, quero
Conta-la à lua. Hoje, esta noite, a ouvir música!
Abro o meu livro, livre como um pássaro,
Canto, cantem as coisas, a cadeira, a mesa
A caneta, até a borracha mas atenção à
Letra, à palavra, à palavra afiada,
Lançada no ar, nuvem branca, nuvem
Negra chuva raio trovoada som, outra vez
Para a lua abrir-se como uma janela de luz
Espelho da água do oceano, porta para
A biblioteca oceano de escritas, trabalho
Luzes, perspetiva, vistas, lidas com óculos
Lágrimas, vasos partidos, telefones estragados,
Bora navegar nas palavras subir a rampa
De chão destapar o teto. No alto da poesia me espeto.
Raquel