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O céu, de opacas sombras abafado O céu, de opacas sombras abafado, Tornando mais medonha a noite feia, Mugindo sobre as rochas, que salteia, O mar, entre crespos montes levantado; Desfeito em furacões o vento irado; Pelos ares zunindo a solta areia; O pássaro nocturno, que vozeia No agoireiro cipreste além pousado; Formam quadro terrível, mas aceito, Mas grato aos olhos meus, grato à fereza Do ciúme e saudade, a que ando afeito. Quer no horror igualar-me a Natureza; Porém cansa-se em vão, que no meu peito Há mais escuridade, há mais tristeza. Bocage