Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 PDN 2018-2022_MASTER_vf_Volume 1_13052018 | Page 58
do Consumo e do Investimento Público), que tenderá a influenciar negativamente o Consumo e o
Investimento Privados, pelo seu efeito multiplicador, dado o peso considerável do Estado na economia.
5.2 Quadro Macroeconómico
161. Com base nos pressupostos apresentados, estabeleceu-se o seguinte quadro macroeconómico para o
período 2018-2022:
Quadro 13: Quadro Macroeconómico 2018-2022
Preliminar
Indicadores
Projecções
Unid.
2017 2018 2019 2020 2021 2022 Média
2018-2022
Mil
Milhões
Akz 16.455,9 23.274,5 29.220,6 33.673,9 37.784,0 42.191,4 33.228,9
% -2,1 2,3 3,5 2,4 2,6 4,1 3,0
% 0,8 2,0 1,7 -3,1 -5,7 -4,9 -2,0
Sector Petrolífero % -5,2 0,8 0,6 -3,6 -2,5 -4,5 -1,8
Sector do Gás % 461,4 18,5 14,0 1,8 -36,0 -10,8 -2,5
Sector Não Petrolífero % -4,7 2,4 4,4 5,0 6,2 7,5 5,1
PIB (Valor Nominal)
Taxa de Crescimento Real
Sector de Petróleo e Gás
Fonte: MEP
162. De acordo com as projecções, o PIB deverá crescer, entre 2018 e 2022, em termos reais, a uma taxa
média de 3,0%, com o sector petrolífero incluindo o gás natural a diminuir em média 2,0% e o sector
não petrolífero a crescer em média 5,1%.
163. O cenário revela uma gradual aceleração do crescimento económico, associada a uma aceleração do
crescimento do sector não petrolífero e a uma redução da importância do produto petrolífero.
Identificam-se, como principais motores do crescimento, os sectores da agricultura, pescas, indústria
transformadora, construção e serviços (incluindo o turismo):
a.
Petróleo e Gás Natural: nos últimos anos tem-se verificado uma tendência de declínio da
produção do petróleo bruto, a que se juntam problemas operacionais que forçaram paralisações
não programadas da produção. Na elaboração das projecções, assumiu-se um cenário de ligeira
redução dos actuais níveis de produção, tendo em conta:
i. Histórico de produção até Novembro de 2017;
ii. Declínio natural acentuado nos principais campos produtores do deepwater e ultradeep na
ordem de 8 a 15%;
iii. Perda de eficiência dos campos, uma vez que, com o passar do tempo, as instalações de
produção e processamento vão envelhecendo, causando paragens não programadas;
iv. Derrapagem na execução de projectos de desenvolvimento de novos campos, com
adiamento do first oil, bem como cancelamento de contratos de sondagens que se
destinavam aos trabalhos de novos desenvolvimentos, devido a problemas financeiros;
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