Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 PDN 2018-2022_MASTER_vf_Volume 1_13052018 | Page 43

Quadro 8: Variação real das componentes do PIB na Óptica da Despesa Variação real anual (%) Componentes do Produto Interno Bruto 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015** 2,3 4,1 15,7 6,6 12,7 1,6 -0,4 Despesa de consumo das famílias 9,1 3,9 10,2 9,8 8,3 12,7 3,0 Despesa de consumo da administração pública -9,2 4,5 27,2 0,6 21,4 -17,5 -8,8 3,7 -9,1 10,6 7,2 1,6 3,5 -1,9 9,2 -8,9 10,3 7,3 1,7 3,3 -2,3 Variação das existências -98,9 -271,4 -196,6 -143,5 17,2 -283,3 560,0 Exportação de bens e serviços -2,7 -2,4 -5,1 5,2 -1,2 0,7 -14,7 Importação de bens e serviços (-) -0,5 -11,7 11,0 -0,1 4,4 -5,2 -23,9 Produto Interno Bruto 3,4 4,7 3,4 8,5 5,0 4,0 0,9 Consumo final Formação bruta de capital Formação bruta de capital fixo Fonte: INE - Departamento de Contas Nacionais e Coordenação Estatística Legenda: * - dados provisórios, ** - dados preliminares 84. Face aos choques negativos que atingiram a economia angolana, o Governo foi adoptando novas medidas de política económica que procuraram responder aos efeitos da descida do preço do petróleo. Merecem destaque o Decreto Presidencial n.º 56/15, de 5 de Março, que logo no início de 2015 aprovou um conjunto de “Medidas para fazer Face à Situação Económica Actual”. No início de 2016, através do Decreto Presidencial n.º 40/16, de 24 de Fevereiro, foram aprovadas as “Linhas Mestras da Estratégia para a Saída da Crise Derivada da Queda do Preço do Petróleo no Mercado Internacional”. Mais recentemente, em Outubro de 2017, já após a sua entrada em funções, este Executivo iniciou a implementação do Plano Intercalar, para o período de Outubro de 2017 a Março de 2018, contendo medidas e acções de Política Económica essenciais, coerentes, necessárias e suficientes, para que se alterem, positivamente, as expectativas dos agentes económicos, se gere a credibilidade e a confiança no novo Executivo e, consequentemente, se alcance a estabilidade macroeconómica, se instaure um clima propício ao crescimento económico e à geração de emprego e para que se mitiguem os problemas sociais mais prementes que o País vive. 85. Um dos objectivos centrais assumidos nas diversas medidas foi a diversificação económica, visando-se o início de um “Novo Ciclo de Estabilidade não Dependente do Petróleo”, tratando da “Substituição do Petróleo como Fonte Principal de Receita”, através da “Expansão Controlada do Défice e do Endividamento para o Relançamento da Economia” e da “Eficiência e Eficácia dos Investimentos Privados”. 86. Ao longo deste período, com excepção de 2015, o sector não petrolífero conseguiu compensar parcialmente a quebra do sector petrolífero, registando um maior dinamismo económico, com destaque para os sectores da agricultura, indústria transformadora, construção e energia. 87. O PIB excluindo a extracção de petróleo registou, entre 2009 e 2015, um crescimento médio anual de 7,3%, superior aos 4,3% verificados no conjunto da economia. 88. Entre 2013 e 2016, o sector petrolífero registou taxas de crescimento real negativas, à excepção do ano de 2015, em decorrência de problemas de carácter operacional, associados, nomeadamente, a manutenções - programadas e não programadas - das instalações e equipamentos, ao declínio natural dos campos em produção e ao atraso na entrada em produção de novos campos. 43