Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 PDN 2018-2022_MASTER_vf_Volume 1_13052018 | Page 294
População: 534.002
Capital: Menongue
CUANDO CUBANGO
Província beneficiando da integração nos eixos de desenvolvimento nacionais Huambo-Menongue-Fronteira
Namíbia e Namibe-Lubango-Menongue-Fronteira Zâmbia para construir um novo rumo de desenvolvimento
que reverta o isolamento e favoreça as suas potencialidades naturais, apostada no equilíbrio económico, social
e ambiental e dotada das infra-estruturas que potenciam o desenvolvimento das actividades económicas e o
bem-estar da população residente com base numa rede urbana em consolidação. Preparada para contribuir
para o crescimento nacional tem, no aproveitamento turístico dos seus recursos naturais, culturais e
paisagísticos, na valorização da integração na maior área de turismo de natureza a nível mundial e nos recursos
agrícolas e mineiros, a base para uma estrutura produtiva equilibrada entre o turismo, actividades agro-
pecuárias, silvícolas e extractivas.
Turismo, com destaque para o Pólo de Desenvolvimento Turístico do Okavango, mas valorizando também
os Parques Naturais de Mavinga e de Luiana e os corredores fluviais dos rios Cuito e Cubango,
promovendo o reforço da vida selvagem e a instalação de equipamentos de apoio ao turismo.
Agricultura intensiva de grande escala (arroz e milho), agro-pecuária e actividades da fileira da madeira.
Floresta, através de apicultura e produção de madeiras.
Actividades extractivas e indústrias conexas.
Relações comerciais transfronteiriças, fomentando a interacção económica com os países vizinhos.
Desenvolvimento urbano, reforçando os serviços avançados na capital da província e a consolidação das
funções urbanas das restantes sedes de município.
Desenvolvimento dos recursos humanos da província, através de uma forte aposta na educação e
formação profissional orientada para o mercado de trabalho potencial: melhor qualidade de ensino,
expansão e acesso, alargamento da oferta de cursos na província.
Forte rarefacção populacional e estrutura de povoamento débil e sem núcleos urbanos desenvolvidos e
acessíveis.
Falta de acessibilidades, afectando a mobilidade interna das populações, o abastecimento, a integração
territorial da província, o desenvolvimento das actividades económicas e a atracção de investimento
privado: infra-estruturas rodoviárias internas e de ligação ao restante território nacional e aos países
vizinhos - com destaque para a insuficiência da rede fundamental nacional e ligações às sedes municipais - e
infra-estruturas de transporte aéreo nos municípios mais distantes.
Carência crítica de abastecimento de energia eléctrica, sendo mesmo inexistente em 3 municípios
(Mavinga, Nankova e Rivungo).
Falta de acesso a água potável na generalidade do território provincial (apenas cerca de ¼ da população
usa fonte de água apropriada para beber).
Falta de equipamentos de apoio ao turismo e dificuldades administrativas e burocráticas que afectam a
atracção de turistas, nomeadamente dos que visitam a área internacional do KAZA;
Quadro extremamente crítico no que respeita aos serviços de saúde, por falta de instalações adequadas e
de profissionais (médicos, enfermeiros e outros profissionais), agravada pelas condições de mobilidade.
Economia orientada para o auto consumo, com cerca de 80% dos activos dedicados às actividades de
agricultura, silvicultura, pecuária e pesca numa lógica familiar sem orientação para a produção de
excedentes dirigidos ao mercado.
Insuficiência do sistema de ensino e formação profissional, quer ao nível do ensino básico, quer na
formação de profissionais para o mercado de trabalho e formação de professores; baixa qualidade dos
recursos humanos afectos à Universidade Cuito Cuanavale.
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