Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 PDN 2018-2022_MASTER_vf_Volume 1_13052018 | Page 288
População: 2.019.555
Capital: Huambo
HUAMBO
Província dinâmica e moderna, tirando partido da sua centralidade geográfica no contexto nacional e dos
principais eixos longitudinais e transversais de Angola, para se afirmar como espaço económico estratégico
capaz de potenciar o desenvolvimento da região Centro e Sul do País, com base no desenvolvimento urbano-
industrial do eixo Huambo-Caála e numa estrutura produtiva que articula um sector agro-pecuário orientado
para o mercado nacional e para a exportação com a capacidade de atracção de investimento em sectores
diversificados – indústria, transporte e logística, comércio, turismo e serviços qualificados de nível superior. Um
sistema urbano estruturado, com uma boa articulação funcional entre os centros dos diversos níveis
hierárquicos assegura a integração económica e social dos territórios rurais, nos quais se desenvolve uma
economia agrícola de base familiar em modernização.
Modernização das actividades agro-pecuárias familiares (milho, feijão, mandioca, hortícolas, batata rena,
batata-doce, soja e pequena pecuária), da silvicultura, da pesca continental e da apicultura, garantindo o
uso racional dos recursos naturais e a sustentabilidade ambiental.
Investimento privado que dinamize as actividades empresariais e recupere as unidades de produção
inactivas existentes, promovendo nomeadamente a agro-pecuária e a agro-indústria, a logística, o
comércio rural e o turismo de natureza e cultural.
Integração dos jovens na actividade económica, quer p ela promoção do emprego quer fomentando o
auto-emprego e o empreendedorismo associados à modernização de sectores como comércio rural,
turismo de natureza e cultural, piscicultura, agro-pecuária e agro-indústria, entre outros.
Serviços de nível superior, com destaque para a investigação e extensão dirigida aos sectores prioritários
do desenvolvimento da província e do País, valorizando um importante centro de ensino universitário já
existente.
Reequilíbrio e consolidação da rede urbana, através do descongestionamento da cidade do Huambo, do
reforço das funções urbanas nas restantes cidades (em particular, Bailundo, Caála e Catchiungo), visando a
qualidade de vida dos residentes e a fixação populacional, contribuindo para a correcção das assimetrias
territoriais.
Obstáculos à dinamização das actividades agro-pecuárias: falta de insumos e mecanização, assistência
técnica, estruturas de escoamento e comercialização, dificuldades de acesso ao crédito e de acesso à terra.
Precariedade do sector comercial da província, em particular nas áreas rurais, dificultando a modernização
e viabilização das actividades agro-pecuárias, da pesca, da aquicultura e da apicultura.
Capacidade de produção de energia insuficiente face às necessidades da população e das actividades
económicas, e rede de distribuição frágil e limitada aos centros urbanos mais importantes, impedindo o
desenvolvimento das actividades económicas, a qualidade dos serviços e as condições de vida das famílias.
Falta de conclusão da infra-estruturação do Pólo Industrial de Caála (energia, água e saneamento) e
insuficiência de incentivos aos investidores que possam dinamizar as mais de 250 unidades industriais que
se encontram inactivas.
Insuficiência da cobertura e qualidade dos serviços sociais, com consequências nos níveis de instrução da
população e na distribuição geográfica dos serviços de saúde, acentuando os desequilíbrios entre
municípios e entre as zonas urbanas e zonas rurais.
Paradigma energético das famílias baseado na lenha e carvão, com grandes impactes ambientais.
Assimetrias e lacunas na cobertura territorial do sistema de abastecimento de água potável e deficiências
de qualidade da água fornecida, dificultado também pela dispersão do povoamento rural.
Más condições da rede de estradas secundárias e terciárias, limitando ou impossibilitando o transporte
regular de passageiros e de mercadorias, em especial na época de chuvas, dificultando o acesso das
populações aos serviços públicos (nomeadamente à educação e à saúde) e encarecendo os custos das
actividades económicas (em particular o escoamento das produções agro-pecuárias familiares).
Insuficiência do transporte ferroviário de mercadorias e passageiros, apesar da reabilitação recente do
CFB, pela morosidade e baixa frequência do serviço, e também por falta de ramal ferroviário para Caála, a
maior área industrial e principal zona de produção de batata-rena para exportação da província (Catata).
288