Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 PDN 2018-2022_MASTER_vf_Volume 1_13052018 | Page 286

População: 2.231.385 Capital: Benguela BENGUELA Província que se afirma como a segunda aglomeração urbana do País, com uma plataforma de internacionalização intercontinental (porto e aeroporto) e africana (caminho de ferro), um pólo de concentração da indústria pesada (construção naval, metalurgia, cimentos, refinaria) para os mercados do sul do País e países vizinhos e de actividades de transportes e logísticas, um sector agro-pecuário recuperado e dinâmico, capaz de induzir o crescimento da agro-indústria, um sector pesqueiro em desenvolvimento e uma forte aposta no sector turístico. Desenvolvimento urbano qualificado, concentrando uma oferta de serviços avançados dirigida à Região Sul, com áreas de expansão urbanas ordenadas e integradas através de um sistema eficaz de transportes públicos, e garantindo o acesso generalizado da população aos serviços essenciais.               Aceleração do processo de industrialização em curso na província, com ênfase em: - Indústria pesada (construção naval, metalurgia, cimentos, refinaria, etc.), aproveitando a articulação das infra-estruturas e serviços portuários e ferroviários e dinamizando os investimentos já realizados. - Desenvolvimento dos Pólos Industriais do Lobito e Catumbela e reforço das actividades logísticas de apoio ao desenvolvimento das actividades de importação/exportação e de abastecimento da grande c oncentração urbana; desenvolvimento dos loteamentos industriais de Benguela, Cubal e Baía Farta (agro-indústrias, derivados de peixe e derivados de petróleo e gás). Desenvolvimento das actividades logísticas e de transporte, incluindo actividades de formação, com base no porto, aeroporto e caminho de ferro. Valorização da exploração mineira, através do desenvolvimento das actividades a jusante e da exportação, e da extracção do sal. Recuperação do sector agro-pecuário (café, algodão, horto-frutícolas, cereais), visando o aumento da produção agrícola numa lógica de diversificação da economia, bem como a consolidação do agro-negócio e o aumento da renda das famílias, contribuindo para a criação de emprego e para a auto-suficiência alimentar da província. Valorização das actividades piscatórias que representam uma componente importante da actual estrutura produtiva, sobretudo no Lobito, Benguela e Baía Farta, com potencial para desenvolvimento de um importante cluster piscatório local. Desenvolvimento de um forte sector turístico, transformando a província num destino turístico de referência nacional, regional e internacional no domínio costeiro e cinegético. Valorização dos recursos humanos, promovendo o acesso ao ensino básico a toda a população em idade escolar, a qualificação da população activa e o desenvolvimento de actividades de investigação científica e de prestação de serviços avançados. Crescimento urbano desordenado, com forte concentração em Benguela e Lobito, originando áreas urbanas de baixa qualidade, com falta de infra-estruturas básicas (água, energia e saneamento) e serviços sociais, falta de arruamentos e transportes públicos, ocupação de zonas de risco e forte carência habitacional; falta de planeamento integrado das novas áreas residenciais. Áreas rurais ainda com grandes carências a nível do acesso a água potável, energia, serviços de educação e saúde. Falta de condições de mobilidade da população e constrangimentos ao transporte de mercadorias devido à degradação das vias de circulação (rede secundária e terciária), agravada pela falta de transportes colectivos de passageiros; baixa frequência do transporte ferroviário. No sector da saúde, falta de medicamentos, consumíveis e equipamentos nos Centros e Postos de Saúde e falta de profissionais qualificados. Escassez de recursos humanos qualificados para fazer face às necessidades dos sectores com maior potencial de crescimento, agravado pela insuficiência da rede escolar (estruturas e professores) e de formação profissional. A nível dos sectores agro-pecuário e pesqueiro, utilização de baixas tecnologias, falta de acesso ao crédito e dificuldades no escoamento e comercialização das produções, quer pelas dificuldades de transporte dos produtos, quer pela falta de estruturas de armazenamento, conservação e transformação. A nível do desenvolvimento industrial, falta de infra-estruturas (energia, água) e articulação com as actividades de transporte e logística. 286