Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 PDN 2018-2022_MASTER_vf_Volume 1_13052018 | Page 283
População: 758.568
Capital: Luena
MOXICO
Tirando partido da sua vasta extensão territorial, da posição fronteiriça com a Republica Democrática do
Congo e Zâmbia e do posicionamento geoestratégico na região da SADC, das características naturais e do
caminho de ferro (Lobito-Luau), a província do Moxico procura diversificar a sua base económica, assente na
agro-pecuária, na silvicultura e indústrias da madeira e na exploração da pesca continental, da piscicultura e
apicultura, com Luena a assumir-se como centro económico, cultural e comercial do leste do País e centro de
indústrias de consumo para estas regiões. Uma rede de pequenos aglomerados rurais assegura os circuitos de
comercialização e os serviços às populações. O turismo emerge como actividade relevante no desenvolvimento
rural, no quadro das potencialidades do Parque Nacional da Cameia em articulação com o Parque Internacional
do Okavango-Zambeze.
Agricultura, sector básico da economia da província com potencial para produção em grande escala (p.e. de
arroz) e estratégico para a criação de emprego e na luta contra a fome e a pobreza.
Fileira da madeira, explorada numa base empresarial com respeito pelos princípios de sustentabilidade
ambiental (Moxico é a segunda reserva de madeira de Angola).
Pesca artesanal e piscicultura, valorizando o potencial de rios, lagoas e lagos da província, extremamente
ricos na sua biodiversidade e promovendo o desenvolvimento empresarial orientado para a exportação.
Apicultura, em associação à agricultura camponesa e à floresta natural.
Aproveitamento económico dos recursos minerais (carvão, cobre, ferro, manganês, diamantes, ouro,
volfrâmio, estanho e molibdénio, urânio) apostando na atracção de investidores e desenvolvimento
empresarial do sector.
Hotelaria e Turismo: Parque Nacional da Cameia, Quedas do Rio Luizavo, Lago Dilolo, Lago do Calundo,
Quedas do Chafinda, Lagoa da Água Azul, Reserva Natural de Mussuma Mitete.
Educação, sendo a província com maior índice de crianças fora do sistema de ensino, regista carências a nível
do número de salas de aulas e da qualidade dos serviços.
Saúde, com muito reduzido número de Hospitais e Postos Médicos e fraca dotação de recursos humanos e
técnicos para a materialização dos cuidados primários de saúde.
Energia e água potável, com severas carências em toda a província, quer para a qualidade de vida das
populações, quer para o desempenho dos serviços e das actividades económicas.
Rede viária insuficiente, com apenas uma sede municipal ligada por via asfaltada à capital da província, não
garantindo o acesso a outras regiões e no interior da província.
Agricultura de sequeiro e extensiva, onde faltam fazendas de produção e estruturas de escoamento ou
transformação dos produtos agrícolas, e uma agricultura camponesa de subsistência com dificuldades de
acesso aos factores de produção (trabalho, capital e tecnologia), falta de apoio técnico e estrangulamentos
ao nível do escoamento de excedentes, carência de cadeia logística.
Inexistência de vias de acesso a locais de elevado potencial turístico, falta de condições relativamente à
utilização do Parque Nacional da Cameia, degradação de infra-estruturas do comércio e dos serviços de
apoio ao sector e pouca diversidade de oferta de serviços turísticos face aos recursos existentes.
Tecido industrial incipiente e frágil e infra-estruturas básicas (estradas, água, electricidade) insuficientes para
incentivar o sector industrial, reduzidas iniciativas dos empresários locais e falta de condições atractivas
para os empresários externos à província.
Mão-de-obra pouco qualificada e dificuldades de fixação de quadros, agravada pela falta de dimensão urbana
e de requalificação dos principais aglomerados populacionais, incluindo a capital provincial.
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