ORÇAMENTO PARA 2012
Ano de 2012
Edificar o bem comum
famílias de medidas de consolidação orçamental, bem como a incerteza face à natureza
de medidas adicionais que venham a revelar-se necessárias. Acresce também que a
manutenção de condições adversas no mercado de trabalho deverá implicar uma forte
moderação salarial ao longo do horizonte, a qual, a par da evolução da produtividade,
constitui um elemento importante do processo de ajustamento dos desequilíbrios
externos.
A actual projecção aponta para uma descida da inflação, medida pelo Índice
Harmonizado de preços no Consumidor (IHPC), de 3.5 por cento em 2011 para 2.4 por
cento em 2012. Esta projecção traduz uma desaceleração tanto da componente não
energética como da energética. A componente não energética deverá registar um
abrandamento de 2.2 por cento em 2011 para 1.9 por cento em 2012. Esta evolução
traduz, por um lado, a dissipação de efeitos de base decorrentes do aumento da taxa
normal do IVA no início de 2011 e, por outro, o abrandamento dos preços de
importação de bens não-energéticos. Por seu lado, a componente energética deverá
crescer 5.2 por cento em 2012 (13 por cento em 2011), reflectindo essencialmente o
aumento da tributação indirecta sobre a electricidade e o gás natural desde Outubro do
corrente ano, o que também terá impacto sobre a inflação em 2012. Registe-se, no
entanto, o importante contributo da componente energética para a descida da inflação,
o qual traduz em larga medida a redução do preço do petróleo após o significativo
crescimento considerado para 2011.
ORÇAMENTO
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