Plano de Ação 2020 PA2020 | Page 9

CONTEXTUALIZAÇÃO De acordo com o Relatório do Semestre Europeu de 2019 referente a Portugal, que acompanhou a Comunicação da Comissão Europeia em fevereiro de 2019 1 , o país atravessa uma fase positiva e de desenvolvimento: “O desempenho económico positivo, combinado com as reformas realizadas anteriormente, tem permitido que Portugal consiga fazer face aos desafios estruturais.” Porém, vários desafios e dificuldades ainda se colocam, nomeadamente ao nível do crescimento sustentável, da qualificação e da inclusão: • Investimento: “Portugal tem uma das mais baixas taxas de investimento da UE. O investimento em investigação e desenvolvimento recuperou recentemente o seu dinamismo, mas continua a ser insuficiente para melhorar o panorama português a nível da investigação e inovação. Investimentos na eficiência dos recursos contribuiriam para assegurar um crescimento sustentável a longo prazo.” • Qualificações: “O baixo nível de qualificações dos trabalhadores constitui um obstáculo ao investimento e ao crescimento da produtividade. O pleno aproveitamento do potencial da mão de obra requer igualmente o reforço dos serviços públicos de emprego e políticas ativas do mercado de trabalho que sejam eficazes. A falta de competências digitais da população prejudica a sua inclusão na sociedade e a sua empregabilidade, reduzindo o potencial para uma produtividade mais elevada.” • Desigualdades: “O Painel de Indicadores Sociais que acompanha o Pilar Europeu dos Direitos Sociais destaca alguns desafios para Portugal. Embora o recente desempenho do mercado de trabalho tenha registado uma melhoria significativa das taxas de emprego e de desemprego, a desigualdade de rendimentos continua a ser elevada e a eficácia das transferências sociais (para além das pensões) na redução da pobreza permanece limitada. Além disso, apesar de uma recente melhoria, a elevada taxa de abandono precoce do ensino e da formação aponta para desafios no domínio da educação.” • Pobreza: “Com a melhoria das condições de trabalho, a percentagem de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social diminuiu em 2017, situando-se agora abaixo dos níveis anteriores à crise. No entanto, a taxa de pobreza das pessoas que trabalham continua acima da média da UE. Com exceção das pensões, as transferências sociais não se mostram eficazes em retirar as pessoas da situação de pobreza.” Ciente de que a capacidade da Instituição para provocar um efetivo desenvolvimento social depende também da ação de outros agentes institucionais geradores e aplicadores de conhecimento, o trabalho em parceria e o fomento de um diálogo inster-institucional constante têm sido um apanágio no trabalho da Cáritas de Coimbra nos anos mais recentes. O modelo da Hélice Tripla que focava as relações entre universidade-indústria-governo como estratégia para incentivar a dinâmica da inovação tem vindo a evoluir, fortalecendo-se com novos modelos de geração do conhecimento, incluindo a sociedade civil como ator fundamental - Hélice Quádrupla. Aqui, a sociedade civil é compreendida como utilizadora da inovação, tornando as pessoas / o cidadão como o ponto focal deste modelo. 1 https://ec.europa.eu/info/sites/info/files/file_import/2019-european-semester-country-report-portugal_en.pdf 7