Plano de Ação 2018 PAA2018_VF | Page 9

sociodemográficas cuja população se enquadra nos indicadores 2 de pobreza e de exclusão social menos favoráveis (privação material severa; rendimento familiar abaixo da média do seu país; agregados familiares onde ninguém está empregado; baixo nível de qualificação; entre outros) – entretanto agravados pela situação dos incêndios. A Cáritas de Coimbra pode desenvolver um trabalho importante junto das pessoas, em articulação com outras entidades, assim como cooperar na reflexão quanto ao futuro sustentável destes territórios, designadamente no que respeita a famílias carenciadas, apoio aos idosos e ao papel das famílias e das comunidades. #5. Apoio aos emigrantes - o apelo do Papa Francisco para a promoção da “cultura do encontro” – olhar para as pessoas em mobilidade com humanidade, abrir os corações e as mentes, mudar de perspetiva -, pede uma coisa muito simples a todas as pessoas: - procurem conhecer um migrante nas suas comunidades. Em Portugal recebemos pessoas de outras culturas, mas também noutros países temos muitos portugueses. Importa assim sabermos cuidar dos outros, integrando-os, para também os outros nos acolham ou acolham os nossos. A Cáritas de Coimbra associa-se, em 2018, ao projeto “#Partilha a viagem” promovida em Portugal pela Cáritas tratando-se de uma iniciativa do Santo Padre. Além do que poderá fazer conjuntamente as comunidades da diocese, está igualmente comprometida com vários trabalhadores estrangeiros que tem atualmente contratados. #6. Transformação social e conhecimento – a promoção do conhecimento e investigação nas áreas do apoio social; a procura de novos instrumentos, políticas e soluções de inovação social; o reforço do trabalho conjunto com parceiros nacionais e estrangeiros; a proposta de respostas adequadas e adaptadas aos desafios societais emergentes são linhas transversais que têm suportado a estratégia institucional e manter-se-ão a nortear a linha da frente das suas ações. É em torno destes desafios que procuramos gizar os compromissos e respostas efetivas para o ano de 2018. 2 Dados do Eurostat de 12 de outubro de 2016 indicam que, em 2015, 26.6% da população residente em Portugal encontrava-se em risco de pobreza ou exclusão social, 21.6% da população encontrava-se em situação de privação material e 9.6% em situação de privação material severa. Em agosto de 2016, existiam 98 043 famílias e 217 862 beneficiários com processamento de rendimento social de inserção (RSI). Também o Relatório da EU, no âmbito do semestre europeu de 2016 refere que “as desigualdades estão a acentuar-se em Portugal”, observando os Peritos que “o valor pecuniário do rendimento mínimo é bastante baixo em comparação com outros Estados-Membros da UE” e que “o rendimento líquido dos beneficiários conta-se entre os mais baixos da UE em comparação com o limiar de pobreza relativa nacional”. 9