APROVAÇÃO DO PLANO E ORÇAMENTO DE 2015
O triénio 2013-2015 tem sido caraterizado pela incerteza e por dificuldades crescentes para a
população portuguesa, resultantes de conjugação de fatores, tais como, o aumento do
desemprego, o incremento significativo da carga fiscal, a redução dos recursos financeiros das
famílias, das empresas e das instituições.
Este contexto socioeconómico veio reforçar a importância e a necessidade das instituições da
economia social e solidária, grupo de entidades ao qual a Cáritas Diocesana de Coimbra
pertence, que para além de prestarem serviços aos utentes e suas famílias interessadas,
desempenham um papel importante no combate da pobreza, no apoio prestado a pessoas em
situação de exclusão social, nos cuidados prestados a crianças, jovens e idosos, alguns sem
apoio familiar, na criação de algumas oportunidades de trabalho, funcionando de algum
modo, como instrumento regulatório que contribui para manter o equilíbrio social.
Perspetivando tais dificuldades, esta Direção gizou para o triénio 2013-2015 um Plano
Estratégico de Ação, essencialmente focado na missão e nos utentes, mas com uma grande
preocupação de sustentabilidade futura. Esse plano, tem vindo a ser operacionalizado
anualmente, mediante a apresentação de planos de atividades e de orçamentos elaborados
pelos serviços de modo cada vez mais criterioso, conjugado com um permanente
acompanhamento por parte da Direção quanto à concretização das ações e dos investimentos.
Não obstante alguns obstáculos, esta estratégia tem permitido alcançar com sucesso, alguns
resultados plasmados nos relatórios anuais de atividades e de contas, tendo a Cáritas
Diocesana de Coimbra, ficado mais reforçada em termos de processos de trabalho e
estratégias de desenvolvimento.
Pese embora o esforço despendido na melhoria organizacional e de todo o contributo
prestado à sociedade e ao Estado nos últimos anos, que ocorreu em contra ciclo com a
evolução económica do País, não se pode afirmar que o grau de incerteza tenha diminuído.
Ao invés, sente-se que este tipo de Instituições continua a ter grande relevância na resposta à
crise vivenciada pelas famílias, e, num fenómeno mais recente, têm vindo a ser convocadas
para assumir respostas prestadas por outras entidades similares também elas agora com
dificuldades financeiras. Por outro lado, o elevado risco da redução e/ou do não pagamento
das comparticipações dificulta uma gestão sustentável concomitantemente com o aumento
verificado das dificuldades e do número de pessoas que pedem ajuda. Também o aumento da
carga fiscal, dos custos laborais e da inflação na aquisição de matérias-primas, de produtos e
de equipamentos necessários à prestação de serviços e aos apoios sociais concedidos, que
condicionam gravemente o desenvolvimento e a sustentabilidade das Instituições do 3º Setor.
Assim, elaborar um plano de atividades, que se quer sucessivamente mais ambicioso mas
sujeito a um orçamento cada vez mais limitado pelas razões anteriormente apontadas, foi
uma tarefa complexa e difícil, apenas conseguida graças ao esforço estruturado e articulado
que existiu entre a Direção, os serviços e os responsáveis intermédios das respostas sociais. O
teor deste documento é revelador, em nossa perspetiva, de uma preparação cuidada e
ponderada, imbuída de critérios materiais aceitáveis e com o W7: