56 | 57
POLÍTICA EXTERNA
TEMA
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A política de desenvolvimento alemã, enquanto elemento de uma política estrutural e de paz global, quer contribuir para
melhorar as condições de vida nos países
parceiros. Seu objetivo é superar a fome e
a pobreza em todo o mundo e fortalecer a
democracia e o Estado de direito. As diretrizes e os planos são desenvolvidos pelo
Ministério da Cooperação Econômica e
Desenvolvimento. As prioridades políticas e econômicas recaem sobre a cooperação bilateral com os parceiros. A Alemanha coopera nesse âmbito com 50
países em programas conjuntos que
podem englobar todos os instrumentos
da ajuda ao desenvolvimento oficial. A
África ocupa um lugar de destaque, mas
há também uma estreita cooperação com
países da Ásia, Sudeste da Europa e América Latina.
A Alemanha aumentou os recursos destinados à cooperação para o desenvolvimento em 8,3 bilhões de euros até 2019,
perfazendo assim 0,4% do PIB em 2016.
Com sua contribuição anual de 16,25 bilhões de dólares, o país ocupa o terceiro
lugar entre os maiores doadores depois
dos EUA e do Reino Unido. Nos países
os projetos são normalmente supervisionados pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e pelo grupo
ba ncário KfW, principais organizações
executoras.
A Agenda 2030 de desenvolvimento
sustentável
A Agenda 2030, que foi aprovada na 70ª
sessão da Assembleia Geral da ONU no
fim de setembro de 2015, será determinante para o desenvolvimento global nos
próximos anos. A Agenda 2030 deve levar
adiante e suplantar os Objetivos do Milênio (ODM) da ONU, que definiram o desenvolvimento nos países em desenvolvimento e emergentes para o período 2000
a 2015.
A implantação dos ODM possibilitou reduzir a pobreza pela metade e melhorar o
acesso à água potável e à educação até
2015, mas 1,3 bilhão de pessoas vivem
ainda com menos de 1,25 dólar por dia.
Outros problemas, como o desperdício de
recursos naturais, as mudanças aceleradas do clima e a destruição do meio ambiente, o alto índice de desemprego e as
desigualdades sociais continuam sendo
prementes. As novas metas de setembro
de 2015 devem impulsionar o avanço rumo ao desenvolvimento sustentável no
mundo, considerando as questões econômicas, ecológicas e sociais e partindo das
metas já atingidas. Deve ser uma agenda
“universal”, ou seja, válida para todos os
países, e ultrapassar nos próximos 15
anos o âmbito da cooperação para o desenvolvimento, passando a incluir tam-