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POLÍTICA EXTERNA
TEMA
EMPENHO NA PROMOÇÃO DA PAZ E SEGURANÇA
Diplomacia, prevenção de crises e solução
pacífica de conflitos são os principais instrumentos da política externa alemã. Faz
parte da ampla política de segurança o envio de funcionários públicos, juízes, promotores públicos, policiais, peritos em reconstrução e pessoal civil de outras áreas, como
também a participação das Forças Armadas
em missões multinacionais de paz. O fator
determinante da política externa alemã, a
ligação estreita com os parceiros multinacionais, vale também e especialmente para
a atuação militar, que participam fundamentalmente de missões no âmbito de sistemas de segurança coletiva ou de defesa
aprovadas em decisões das Nações Unidas
(ONU), da União Europeia (EU) e da Otan. A
atuação das Forças Armadas no exterior é
LISTA
∙ Organização do Tratado do Atlântico
Norte (Otan), adesão da Alemanha em
1955
∙ Nações Unidas (ONU), adesão da
Alemanha em 1973
∙ Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), adesão da
Alemanha por ocasião da fundação
em 1973 (na ocasião ainda Conferência para Segurança e Cooperação na
Europa (CSCE).
sempre que possível acompanhada de componentes civis, como medidas políticas, de
cooperação para o desenvolvimento e socioeconômicas. A atuação de unidades
armadas necessita de legitimação parlamentar através de mandato e controle, exigindo aprovação por maioria dos membros
do parlamento alemão, e tem validade de
um ano. Por isso as Forças Armadas são chamadas de exército parlamentar.
A integração política e militar da Alemanha na Otan data da fundação das Forças
Armadas em 1955. A consolidação de seus
vínculos com a Organização do Tratado do
Atlântico Norte faz parte do “DNA” da política externa do país. A Alemanha teve e tem
alguns dos maiores contingentes nas missões da Otan no Kosovo (KFOR) e no Afeganistão (ISAF, Resolute Support). As Forças
Armadas participam ou participaram de 35
missões no exterior desde 1990, dentre elas
19 finalizadas em 2015.
A crise na Ucrânia levou a Alemanha a demonstrar mais uma vez o seu comprometimento com a aliança de defesa. Juntamente
com os Países Baixos e a Noruega, as Forças
Armadas alemãs contribuíram em 2015
para a criação de uma força de reação rápida (VJTF, na sigla em inglês) tendo em vista
melhorar a capacidade de reação da aliança
no âmbito da defesa coletiva e da gestão de
crises. Desde sua adesão à ONU em 1973, a